Uma audiência realizada hoje (30/09) na sede da Ordem dos Advogados do Brasil do Piauí (OAB), subseção de Parnaíba, debateu o crime ambiental que está ocorrendo no Lixão de Parnaíba, onde limpadoras de fossas residenciais despejam diariamente carradas com fezes e urina humana no lago a céu aberto construído no local
Durante três horas o assunto foi debatido exaustivamente entre o promotor Cristiano Peixoto, representantes da Comissão de Defesa do Meio Ambiente da OAB, da Companhia de Águas e Esgotos do Piauí (Agespisa), da empresa de couro Cobrasil Ltda, gerentes das limpadoras de fossas, membros da Secretaria de Serviços Urbanos e Defesa Civil da Prefeitura de Parnaíba, além do vereador Carlson Pessoa, autor do ofício que fomentou a audiência e do vereador André Neves, representando o Legislativo Municipal.
Após um longo impasse, com exposição de propostas e alternativas para o problema, o engenheiro da Agespisa, Simon Bolívar propôs a construção de uma Usina de Tratamento com empresas privadas, por meio de consórcio, sendo que o procedimento seria realizado através de um tanque de equalização. Enquanto isso não ocorre, para minimizar de imediato as agressões acarretadas ao lençol freático da região, Bolívar informou que a Agespisa pode realizar um contrato de isenção de taxa para que as limpadoras de fossas possam fazer uso da lagoa da Agespisa.
O gerente da Cobrasil, Jordi Codina, enviará nos próximos dias ao Ministério Público uma cópia da licença ambiental autorizando a construção do aterro sanitário próprio, uma vez que a empresa também despeja materiais tóxicos no Lixão. Já o município, por meio do secretário de Serviços Urbanos e Defesa Civil, Paulo César, se comprometeu a fazer um estudo financeiro dos gastos para a construção da obra do tanque de equalização.
“O lençol freático já está bastante comprometido e o subsolo nem consegue mais fazer a absolvição dos materiais. Além disso, tem a contaminação imediata a que os moradores das comunidades vizinhas estão expostos. Saio feliz dessa audiência porque as entidades envolvidas se comprometeram a fazer sua parte para acabarmos com esse crime ambiental”, enfatizou o vereador Carlson Pessoa.
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