É o que muita gente deve estar só esperando tão logo fiquem prontas as obras de alargamento da rodovia que dá acesso à praia da Pedra do Sal, na Ilha Grande de Santa Isabel. Nessa semana fiquei sabendo que o DER do Piauí anunciou que estes serviços foram reiniciados. Ainda não deu pra verificar se realmente esta informação tem como diria, procedência e fundamento.
Eu não vejo a hora de, se for verdade mesmo, assim, na bucha, tomar uma condução aqui na Parnaíba e dar uma volta naquela região sabendo da segurança que dá correr numa rodovia mais larga e, portanto mais segura e com lugar pra todo mundo. Tem trechos tão estreitos que se vem uma motocicleta e dois carros em sentido contrário a gente fica alto da cadeira do carro, tamanho é o medo.
Porque aquilo se chamar de estrada é pra impressionar algum parente vindo lá de Brasília, Rio de Janeiro, São Paulo e até aqueles mais bestas daqui da Parnaíba que nunca tocaram os pés numa praia.
Porque não queira saber o medo que sempre me deu sair daqui do meu amado sossego num dia de domingo à tarde pra tomar um café na casa da Pedra do Sal e lá pelas tantas dar uns mergulhos ali na praia mansa, sabendo que temos de passar por uma estrada tão ruim e tão estreita.
Eu vou, mas vou me pelando todo. Vou com uma mão no coração e com um olho aberto e outro fechado. Principalmente quando passamos naquela parte aqui, logo na entrada da ilha, naquela região mais habitada.
Muitas casas, umas quase dentro da pista, quase tomando a rodovia e aquele não sei quanto de curvas, cada qual mais fechada que a outra. Gente nas portas trocando conversa. Não sei o que diabos tanto aquele pessoal tem de conversa, meu Deus! A gente só vê é montinho aqui e mais adiante. Deve ser coisa de falar de governo, que é o que dá mais ibope, principalmente em roda que tem muito bêbado e desocupado.
A gente só espera que nesta notícia divulgada pelo DER a coisa ande e que ande rápido. Porque não combina nada uma região como a praia da Pedra do Sal tomando formato pra grandes investimentos privados sendo servida por uma estrada mais estreita e cheia de buracos do que corredor de delegacia e mais perigosa do que a língua daquelas nossas antigas vizinhas lá de perto da avenida São Sebastião, ali do Polivalente pra uma banda.
Bem que poderia já estar servindo à população. Mas me lembro que, tão logo assumiu por uns poucos meses o governo estadual, Zé Filho, então vice de Wilson Martins, andou colocando máquinas pra ser coisa urgente, ligeiro bala. A coisa estava andando a toque de caixa. Todo dia era de enfartar na televisão, a de dentro e as de fora. E todo mundo achando que dessa vez a coisa iria pra frente e que finalmente muito haveria de mudar a história de mais segurança naquela região.
Mas Zé Filho, com a máquina e tudo na mão fez foi perder a eleição pra esse Wellington Dias.
E Zé Filho nos seus últimos dias no governo do Piauí, que se estenderam até dezembro, ninguém ouviu mais falar e ninguém ouviu sequer um trisco dele e de seus auxiliares sobre as obras de alargamento da estrada da praia da Pedra do Sal.
O governador, derrotado. repetiu o que outros políticos fizeram e outros farão certamente na carreira. Deixam pelo caminho projetos, máquinas, buracos, recursos, empenhos, expectativas, sofrimento e revolta da população quando não conseguem a vitória nas urnas.
Bem que poderia ter saído derrotado nas urnas, mas sendo levado em conta como o parnaibano e governador que deu acesso seguro e de qualidade pra quem deseja chegar à praia da Pedra do Sal e à Ilha Grande do Piauí.
Se for mesmo verdade que haverá a retomada das obras de alargamento e que também compreende uma rotatória no entroncamento com a estrada de acesso a Ilha Grande do Piauí, eu, como diz caboclo quando quer falar bonito, tenho convicção de que as coisas realmente estão melhorando.
Quero acreditar que seja e será verdade. Tomara que seja. Porque não sendo, eu vou sair da Parnaíba achando que este governo não tem palavra. Que custa fazer uma estrada que preste ali atravessando o Labino? Lá também mora gente.
Gente que precisa de segurança mesmo quando anda de bicicleta, motocicleta e até caminhando. Gente que gosta de ficar na porta de casa sentado na cadeira ou na calçada jogando conversa fora e, principalmente falando da vida alheia e metendo o pau no governo.
Principalmente também de governos que não cumprem aquilo que prometem fazer. Agora pode uma coisa dessas, eu ir pra praia da Pedra do Sal, que já não é aquela coisa, pedindo pra tudo que é santo me livrar de um acidente?
(*)Pádua Marques é jornalista e escritor
(*)Pádua Marques é jornalista e escritor
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