O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) estuda mudanças na forma de acesso a dados de estudantes por instituições de ensino superior e secretarias estaduais no site do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) após informações sigilosas ficarem expostas na página. Um novo sistema para geração de senhas deve entrar no ar na próxima semana, segundo o instituto.
O Inep abriu oficialmente nesta quinta-feira (5) uma auditoria para investigar o vazamento de informações como nome, RG, CPF, notas e número da matrícula, dos estudantes inscritos no Enem em 2007, 2008 e 2009. O prazo para conclusão é de 30 dias. A alteração no acesso é a primeira alteração no site a ser realizada no sistema após o vazamento dos dados pessoais, segundo informações do jornal O Estado de S.Paulo.
Desde quarta-feira (4), quando o problema foi divulgado, o acesso a dados de inscritos foi retirado do ar. Segundo o Inep, instituições que necessitem de informações devem entrar em contato com o instituto.
De acordo com o presidente do Inep, José Joaquim Soares Neto, "uma instituição" tornou públicas as informações sigilosas. O presidente disse, na quarta-feira (4), que não descarta acionar a Polícia Federal para as investigações, mas isso só ocorrerá se houver indícios de má-fé.
Nesta quinta-feira, os deputados federais João Almeida (PSDB-BA) e Gustavo Fruet (PSDB-PR) protocolaram no Ministério Público Federal pedido de investigação sobre o caso. Segundo Almeida, o pedido foi feito para que se investigue o destino e propósito do vazamento das informações. “O vazamento de tantos endereços em vésperas de eleição é muito exótico. Parece estranho. Queremos saber por que, para que e para quem”, afirmou o deputado.
O Enem tem um histórico de problemas que inclui vazamento da prova, divulgação de gabarito errado e alterações de data do exame. No início de 2010, o site do Sistema de Seleção Unificada (Sisu), que usa as notas do Enem para selecionar estudantes para universidades federais, travou no primeiro dia de inscrições. Houve casos ainda de estudantes que perderam vagas em instituições após mudanças na lista de espera do sistema.
Fonte: g1
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