Veja carta na íntegra:
O primeiro documento, resultado da indignação dos alunos, foi encaminhado por vias legais à instituição no dia 01 de julho do corrente ano. Em represália o professor deixou mais de 90% de uma turma reprovada em suas disciplinas. Depois de tudo o professor recusou-se a rever as notas da turma em mais uma atitude de desrespeito e arrogância, se negando até a deixar os alunos verem as provas.
Convocou-se uma reunião do colegiado do curso, onde a causa foi encaminhada ao conselho universitário (assembléia formada por todos os professores da universidade e por representantes dos alunos). Chegando lá, os professores tentaram amenizar a situação. A instituição pouco tem feito no sentido de ajudar os alunos e diz não poder “tomar partido” no processo, pois tem que ser “imparcial”, chegando inclusive, a desaconcelhar os alunos a procurarem os veículos públicos de comunicação, pois isto iria “sujar o nome da instituição”.
Fica a dúvida: o que suja o nome da instituição? Reivindicar nossos direitos de cidadãos e acadêmicos, tornando publica nossa indignação, ou deixar que professores como este continuem praticando suas arbitrariedades estando sempre certos de que nada os acontecerá? Resultado: até hoje, não sabemos quando faremos nossas matrículas curriculares, tampouco quando teremos nossas provas revisadas. E o que a UESPI precisa ver para “tomar partido”? Não seria suficiente o que vem acontecendo durante os últimos meses, e que está documentado já em poder do conselho universitário? Será necessário acontecer algo mais grave? Vemos um perigo iminente em frente aos nossos olhos.
O que será de uma Universidade onde o professor faz o que quer sem qualquer tipo de punição, onde os alunos não tem vez nem voz? Acreditamos fielmente no poder transformador de uma Universidade, desde que o corporativismo, a falta de ética e decoro e acima de tudo a impunidade não se façam presentes. Sentimo-nos, assim, em algo muito mais próximo de um campo de concentração nazista que de uma instituição que por natureza deveria primar pela democracia e pelo respeito acima de todas as coisas.
Queremos que a sociedade piauiense saiba o que acontece na Universidade Estadual do Piauí.
Em quatro anos do curso de história em Parnaiba, estes alunos nunca tiveram problemas com relação a nenhum professor, o que não se pode dizer desse, pois o mesmo já vem de Teresina com processos administrativos, e diversas queixas de seus ex-alunos, como está anexado na documentação já em mão dos alunos e do conselho. E o que a UESPI tem feito até agora? NADA!
ALUNOS DO CURSO DE HISTÓRIA DA UESPI/PARNAÍBA
Edição de Samuel Aguiar para o Proparnaiba.com
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