terça-feira, 5 de outubro de 2010

EXCLUSIVA - Brasileiro desenvolve kit de diagnóstico de US$ 1, considerado pela OMS uma das 8 tecnologias mais inovadoras existentes‏

Wagner Roberto,

Tudo bem?

Quem te escreve é a Thais Abrahão, assessora de imprensa da Diagnostek, empresa especializada em produtos científicos que fica em Itu, São Paulo. Queria te consultar sobre uma pauta e para isso te peço 5 minutos de atenção...

O José Carlos Lapenna, presidente da Diagnostek, desenvolveu um kit de diagnóstico para exames parasitológicos de fezes que foi escolhido pela OMS recentemente uma das 8 tecnologias mais inovadoras existentes no mercado mundial, dentre 15 consideradas de importância para a saúde em termos globais. Esse kit, chamado Paratest, custa apenas US$ 1 e pode baratear pelo menos pela metade o que é gasto hoje pelos laboratórios privados e pelo governo para realizar um simples exame parasitológico de fezes, oferecendo praticamente 100% de precisão no diagnóstico, ao contrário dos métodos convencionais, que exigem que o mesmo exame seja feito por três métodos diferentes (o que raramente é seguido), para se chegar a um resultado.

Selecionado dentre 84 tecnologias enviadas por 29 países para avaliação de uma comissão de especialistas internacionais indicados pela OMS, o Paratest® acaba de ser apresentado no 1º Fórum Global sobre Dispositivos Médicos da OMS (First Global Forum on Medical Devices), realizado em Bangkok, na Tailândia, que ocorreu entre os dias 9 e 11 de Setembro de 2010. O próprio Lapenna foi convidado pela OMS a demonstrar a usabilidade do produto durante o Fórum, que reuniu especialistas, profissionais de saúde, representantes de governos, organizações e empresas do setor de 194 países. Durante os três dias do evento, ele foi procurado por autoridades de Saúde de países como México, Filipinas, Cuba, Paraguai, África do Sul e Índia, com propostas concretas de comercialização do produto nesses locais. A Diagnostek acaba de vencer uma licitação para fornecer 1,5 milhão de kits para o Distrito Federal e concretizou a venda de outros 2 milhões de unidades para Cuba.

O kit, que tem registro no FDA, é simples e econômico e possui um grau de eficiência e precisão para os exames parasitológicos de fezes que chega a 100%. Sua estrutura compacta permite realizar os testes nos locais mais remotos (em tribos indígenas ou no sertão, por exemplo), com total segurança, além de ser considerado acessível, adequado e viável para uso em países de baixa e média renda, uma vez que seu valor gira em torno de US$ 1 cada.

Apesar do crescimento exponencial e do progresso científico e tecnológico, a disponibilidade e o acesso às tecnologias de saúde continuam a ser insuficientes nos países subdesenvolvidos e em desenvolvimento. Com o objetivo de identificar e avaliar tecnologias que abordem as preocupações globais de saúde e que sejam acessíveis e viáveis para o uso em países de baixa e média renda, a OMS realizou em janeiro de 2010 uma “call”, espécie de concorrência mundial (The Call for Innovative Technologies that Address Global Health Concerns).

Eram elegíveis para a apresentação de novas tecnologias fabricantes, universidades, governos, instituições com ou sem fins lucrativos, dentro da área preconizada pelo Global Harmonization Task Force (GHTF).

Dentre as muitas apresentações, a OMS selecionou apenas 15 que atendiam a todos os requisitos, e o Paratest® foi um dos destaques dentre os 8 que já estão no mercado.

Para ampliar a utilização desse tipo de kit no Brasil, Lapenna destaca a necessidade de atualizar a Tabela de Procedimentos do SUS, que hoje paga apenas R$ 1,65 por exame parasitológico, o que diminui consideravelmente a eficácia dos resultados e compromete os diagnósticos. Há 16 anos a tabela não é alterada e as remunerações estão defasadas. Se fôssemos considerar a atualização monetária, um exame parasitológico de fezes não sairia por menos de R$ 10,00.

Como funciona – Enquanto um teste convencional tem em média 12 etapas, o Sistema Paratest® sintetiza vários passos do exame parasitológico de fezes em praticamente um só, desde a coleta, passando pela conservação (formalina a 5% tamponada), diluição, filtragem e concentração, proporcionando uma amostra altamente limpa para a análise microscópica. O produto utiliza um sistema de filtragem de 266 micra, desenvolvido especialmente para a Diagnostek, em “não-tecido técnico”, uma trama de poliéster extremamente precisa, que funciona como filtro capaz de separar as impurezas, tornando mais fácil a visualização do parasita no microscópio.

Dessa forma, é possível realizar muito mais exames em um reduzido espaço físico e de tempo, a um custo mais baixo que os métodos tradicionais. A homogeneidade da trama é também um fator de importância, pois confere 100% de aproveitamento da área filtrante.

Outro diferencial do produto é a nova metodologia implantada que, em razão da filtragem muito mais efetiva, foi reduzida drasticamente para apenas um passo, ou seja, o laboratorista terá apenas que dissolver a amostra no próprio frasco por agitação e verter algumas gotas na lâmina para o exame microscópico.

De:Rosana Agência Vero (rosana@agenciavero.com.br)


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