sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Selo Caranguejo Verde contribui para sustentabilidade do Delta do Parnaíba

A conquista do Selo Caranguejo Verde tem um grande significado e desempenha um papel ativo no manuseio do caranguejo e contribui para a sustentabilidade na região do Porto do Tatus, no Delta do Parnaíba, onde fica a Associação dos Catadores da Ilha Grande (PI), local que abastece o mercado de Fortaleza.
Jefferson, Bernard e Fabio comemoram o selo e explicam os objetivos
Uma garantia de padrões ecologicamente corretos de captura, estocagem e transporte de crustáceos vivos. O caranguejo do Beach Park é o primeiro do país a conquistar o Selo Caranguejo Verde, certificação de acordo com a tecnologia desenvolvida pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - Embrapa Meio Norte. O selo foi lançado oficialmente no dia 21 de outubro e, nos próximos seis meses, a partir dessa data, o complexo turístico terá a exclusividade da certificação ecológica de bares, restaurantes e barracas de praia que comercializam o produto. Extraído do Jornal da Parnaíba

Adotar as recomendações do Selo Caranguejo Verde exige esforços e investimentos de todos os envolvidos: a mudança vai desde a capacitação dos catadores sobre a captura correta dos crustáceos, respeitando a idade ideal e épocas de reprodução, até a higienização e a aquisição de materiais adequados para estocagem e transporte do animal.

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O projeto do Selo surgiu em 2004, a partir de uma iniciativa do consultor gastronômico do Beach Park, Bernard Twardy, e do pesquisador da Embrapa Meio Norte, Jefferson Legat, oceanólogo dedicado ao estudo do caranguejo-uçá, proveniente do mangue do Delta do Rio Parnaíba - região que abastece 95% do mercado de Fortaleza.

Durante os anos de pesquisa, verificou-se que entre 25% e 55% dos crustáceos capturados no delta do rio Parnaíba e transportados para a cidade de Fortaleza morriam durante o transporte. Depois de vários testes, foi constatado que a melhor técnica para transportar os animais era sem amarras, em caixas de plástico, entre esponjas embebidas com água salgada, com redução de danos físicos e de stress dos animais.

As novas técnicas garantem a redução para valores inferiores a 5% na alta taxa de mortalidade dos crustáceos, evitando o maltrato à espécie, o desperdício e os impactos negativos no meio ambiente, na economia e na vida dos catadores.

O Selo Caranguejo Verde também visa a manutenção das populações de caranguejo e a preservação do ecossistema do manguezal, a inclusão social por meio de remuneração mais digna aos catadores de caranguejo e a garantia dos direitos das crianças e adolescentes, com a exclusão do trabalho infantil.

Para Fabio Moreira, gerente de alimentos e bebidas do Beach Park, a conquista do Selo Caranguejo Verde tem um grande significado. "Hoje, o complexo turístico vem desempenhando um papel ativo no manuseio do crustáceo e contribui para a sustentabilidade na região do Porto do Tatus, onde fica a Associação dos Catadores da Ilha Grande (PI), local que abastece o Beach Park", explica.

A evolução e a implementação do Selo Caranguejo Verde garantem ao consumidor um produto com ainda mais qualidade, reduzindo os impactos ao meio ambiente e contribuindo para a sustentabilidade das comunidades que vivem do comércio do caranguejo, preservando a cadeia produtiva do crustáceo e evitando, assim, a sua extinção.

Edição: Jornal da Parnaíba

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