Nem
me causa preocupação qualquer possibilidade de um ataque terrorista
desse pessoal lá da Síria ocorrer no Brasil. Sinceramente eu não
acredito em sucesso desse pessoal por aqui não. O Brasil e especialmente
o Rio de Janeiro já têm todos os dias suas guerras particulares. Mas
por via das dúvidas nunca é bom baixar a guarda. Com gente desse
procedimento do Estado Islâmico, de alta periculosidade e tudo o mais
como aquele, nunca se deve brincar.
Mas
respeito a dor universal pelo que acaba de acontecer em Paris. E nunca é
demais associar nossa solidariedade a todos que neste momento passam
por aquela aflição sem tamanho. O terrorismo é uma atitude covarde. Não
deixa saber de onde vem e nem pra onde vai e muito menos a quem vai
atingir, se culpados ou inocentes. Mas como eu disse, as possibilidades
de um acontecimento desses ocorrer no Brasil são muito, mas muito
remotas por uma série de situações que um dia eu certamente vou
discorrer aqui.
Mas
voltando ao Rio de Janeiro, terra sem leis e sem governos, é um
verdadeiro barril de pólvora todo que é santo dia e a toda hora. Não tem
um dia nesta semana de segunda a domingo que o Rio de Janeiro não seja
protagonista de tragédias e mais tragédias como crimes, roubos,
assaltos, corrupção e escândalos entre a dita alta sociedade, artistas,
empresários e políticos. Mas a violência no Rio de Janeiro é a dita
violência, doméstica.
Até
hoje eu fico aqui matutando quem sabe mais bandidagem, se esse pessoal
da Al Qaeda, Estado Islâmico e seja lá que nome vai ter amanhã ou aquela
turma do Morro do Alemão e redondezas. O Rio de Janeiro está acostumado
com aquele tipo de poder paralelo da bandidagem. Manda quem tem maior
poder de fogo. É uma guerra permanente. As pessoas moradoras daqueles
morros e favelas, que agora chamam de comunidade, já nem se admiram mais
com essa gente armada nas ruas.
Claro
que aquilo que ocorreu em Paris é diferente. Tem um aspecto político
universal muito maior. Além do que, é em Paris. Ocorresse num cafundó
desses lá da América do Sul e não teria o mesmo impacto na mídia. Com
relação ao Rio de Janeiro é porque o Rio de Janeiro é o Rio de Janeiro.
Depois tem fevereiro e tem carnaval e no carnaval a gente se esquece de
tudo. Portanto não me preocupa a repetição de um atentado com a
magnitude do que ocorreu em Paris. A pretensão de qualquer terrorista
estrangeiro a partir da Ásia e do Oriente Médio é e sempre foi a Europa e
os Estados Unidos.
Pra
muita gente daquele outro lado do oceano aqui só tem índios. Até porque
pra eles chegarem aqui no Brasil teriam que disputar espaço com os
traficantes, assaltantes de bancos e outros tipos de bandidos. E eles
não foram e nunca vão ser bandidos assaltantes de bancos. O negócio
deles é político. Bandido brasileiro é bandido porque acima de tudo
entra na bandidagem pra ter alguma coisa pra comer. No fundo é um morto
de fome. E aquele pessoal da Al Qaeda e do Estado Islâmico não
encontraria apoio suficiente ou pra até uma pretensa parceria ou
capacitação. O bandido brasileiro é antes de tudo um ladrão metido a
sabido. É muito valente pra intimidar pobres trabalhadores, moradores de
favelas, lascados da vida. Aliás, não tem capacidade pra ser
politizado. O máximo que ele quer é ser bonito, ter uma mansão, carros
importados, um celular de última geração, beber uísque Old Parr e estar
cercado de louras. Terrorista bandido brasileiro não faria carreira lá
fora não.
Não
aguentaria um dia sequer daquele treinamento duro na Síria, Afeganistão
ou no Iraque. Iria chorar todo dia pedindo pra voltar pra casa da
mamãe. A única coisa que esses bandidos brasileiros querem é ter vida
boa. Eles não lutam por uma causa. Portanto eu nem me preocupo com uma
remota repetição do que ocorreu em Paris aqui no Brasil. Mas por via das
dúvidas é bom ficar com as butucas dos olhos e dos ouvidos bem abertos.
A partir de agora a gente deve ter medo até de traque de São João.
Por Pádua Marques
Jornalista e Escritor
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