Lembrando que também contribuiu, quando governador, com ações concretas para a efetivação da ZPE de Parnaíba dando o pontapé inicial, junto com o ex-governador Wilson Martins, o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Piauí, Zé Filho, disse que a FIEPI continua contribuindo como acionista por acreditar nas parcerias como forte componente para o desenvolvimento das ações relacionadas às ZPEs.
“É necessário que as Zonas de Processamento de Exportação possam estar preparadas, com garantias que permitam a implantação de indústrias, como o regime tributário, propostas de aprimoramento alfandegário e operacionalização”, pontificou Zé Filho, lembrando que este modelo é fundamental na atração de capital privado de investidores estrangeiros e locais.
As declarações foram feitas pelo ex-governador na semana passada em Parnaíba, por ocasião Seminário “Exportação de produtos e serviços produzidos nas Zonas de Processamento de Exportação – ZPEs”, promovido pela Câmara Federal. Mas Zé Filho chamou a atenção dos governantes para a importância da atração de novas indústrias que gerem emprego e renda.
“É preciso aumentar a eficiência da ZPE, com cada um fazendo sua parte. É preciso incentivos do governo porque empresário gosta de ganhar dinheiro e o governo necessita reduzir a burocracia e atrair essas empresas”, destacou. Zé Filho, entretanto, chamou a atenção para um ponto, para ele fundamental: investimento no setor de energia elétrica que parece não estar na pauta dessas discussões.
“No momento não vejo solução de melhorias na Eletrobrás e eu já falava isso quando era governador. O Piauí tem hoje uma das piores redes de energia elétrica do Brasil. Já ali em Timon, no Maranhão, é uma das melhores. E não é à toa que empresas estão deixando o Piauí para investirem no Maranhão e isso é inaceitável”, lembrou.
Zé Filho disse ainda que as tentativas de atração de empresas para a ZPE de Parnaíba, bem como fazer promessas de novos investimentos nos Tabuleiros Litorâneos zeram no momento em que o governo federal não acena para fazer investimentos de grande monta na Eletrobrás, que “precisa resolver seus problemas, pagando os empreiteiros que trabalharam para ela e que não receberam. Alguns até quebraram. É preciso continuar o plano de investimentos que não foi concluído. O plano que foi iniciado e não concluíram nem 10 ou 15 por cento. Se não for feito isso, não virão novas indústrias”.
O presidente da FIEPI disse ainda que não vê boas perspectivas para o país até o fim de 2017, “porque o governo agora só está focado em cobrir rombos financeiros que ele mesmo provocou. Quem governa hoje é o congresso e nós acreditamos que a crise econômica ainda se estenda pelos próximos 2 anos”, pontuou Zé Filho.
(Bernardo Silva)
Fonte:Jornal "Tribuna do Litoral"
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