sábado, 17 de janeiro de 2015

Falta de leitura reprova a geração do Facebook.



Pra quem ainda tem um pouco de vergonha na cara, e são poucos, causou surpresa a divulgação nesta semana pelo sempre elegante e polido ministro da Educação, Cid Gomes, do resultado do Exame Nacional do Ensino Médio, o ENEM 2014, realizado em 1.700 cidades entre 08 e 09 de novembro quando 529.373 candidatos tiraram nota zero em redação, num universo de 6.193.565 inscritos e que fizeram a prova. Eu particularmente não me surpreendi com esta situação levando em consideração que a educação brasileira está longe de ser aquele algo tão desejado por uns poucos e abnegados professores.
O tema da redação era sobre a publicidade infantil em questão no Brasil. No ano de 2013 com menos inscritos, 481 tiraram a nota máxima, mil pontos, enquanto 106.742 levaram bomba. O Ministério da Educação tem critérios de competências na correção da prova de redação: domínio de norma padrão de língua escrita, compreensão da proposta de redação, capacidade de relacionar, selecionar, organizar e interpretar informações, conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários à construção da argumentação e elaboração de proposta de intervenção para o problema abordado.

Mas o que se pode esperar de uma geração dessas que não lê, fala por meio de expressões ridículas, não gosta de escrever, vive com a cara enfiada no telefone celular e nessas outras burundangas futucando sabe lá o quê e que aparecem a toda hora? O que é que se pode esperar dessa gente que só pensa em carro e moto, vive ouvindo o pior tipo de música, a maioria com apologia ao sexo, às drogas, à vagabundagem, à vida sem nenhum objetivo?

Pelo que se vê e ao que parece, com este resultado do ENEM de 2014 é que nem sempre esta tecnologia tão à mão dos jovens está sendo e nem nunca vai ser aliada da educação de qualidade. E ainda ficam os coitados de uns poucos professores se matando em sala de aula e até fora dela na ilusão de que estão fazendo alguma coisa de vulto pela educação no Brasil! Enquanto isso a juventude, essa categoria de pessoas que se julgam tanto o futuro do país e pra quem o Governo faz tudo o que pode, estão só procurando precipício pros coitado dos pais, quando tem.
Essa geração de tantos aplicativos e outros mecanismos da ciência da informação desperdiça uma tecnologia tão cara usando em bobagens. E na hora de mostrarem resultados este é o quadro que o ENEM mostrou. Mas eu não vou longe não. Aqui mesmo nesta Parnaíba tem muita gente agora estufando o peito e se arvorando de profissional de imprensa, a dita imprensa virtual, deve ser este o nome, que deve dentro de mais alguns anos quando houver necessidade de uma retrospectiva pra história, se sentir envergonhada com o que andou publicando nos seus veículos. De tão ruim e nocivo pra sociedade. Eles certamente deverão se perguntar: foi só isso o que aconteceu em Parnaíba?


Todo santo dia é você abrir a internet e dá de cara com um monturo de situações e coisas ruins, danosas á sociedade. Crimes de toda espécie, acidentes, desvirtuamento de costumes, estímulo ao vício e a malandragem, endeusamento de marginais, sejam eles ladrões, homicidas, estupradores e muito mais. Será que nessa cidade não acontece coisa que preste, uma coisa elevada que seja? Qual a vantagem de tudo isso sobre esta população que está se formando nas escolas? Dá dinheiro isso? Pois se dá dinheiro, mal empregado. Agora ficamos, eu e tantos amigos, aqui, escrevendo romances, poesias, notícias. Outros fazendo teatro, música, a dança, cinema, artes plásticas. Outros dando seus testemunhos de vida escrevendo sobre a história, a geografia, a economia, a política e a religião. E nós achando que estávamos fazendo alguma coisa de útil pela educação e a cultura. Pra esta e as outras gerações. Pra quê? Pra coisa nenhuma. Ora, vão se lascar... 

Por Pádua Marques
Jornalista e Escritor

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