terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Aprovada em 1º lugar em medicina na Unifesp estudava 14h por dia

  • Karina Caciola passou em primeiro lugar no vestibular de medicina da Unifesp
    Karina Caciola passou em primeiro lugar no vestibular de medicina da Unifesp
Quem escuta Karina Caciola dizer que passou em primeiro lugar no curso de medicina da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) se espanta com a calma da jovem de 20 anos. Em vez de euforia, a estudante demonstra uma alegria serena.
Sua atitude evidencia duas características importantes para a aprovação em um vestibular que, neste ano, tinha 125 candidatos por vaga: autoconfiança e paciência.
Karina encarou dois anos de cursinho, jornadas intermináveis de estudo e saudades dos pais e dos amigos -- ela se mudou da casa dos pais, na zona norte de São Paulo, para a casa da tia, na zona sul, para ficar mais perto do cursinho.
Já a autoconfiança se revelou na insistência em cursar medicina em uma universidade pública na capital paulista.
Nos últimos três anos, a jovem foi aprovada duas vezes na UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) em cursos de engenharia, pelo Sisu (Sistema de Seleção Unificada), e em medicina na UFTM (Universidade Federal do Triângulo Mineiro) e na Santa Casa, instituição paulistana que é particular.

Sonho de criança

"Não sei ao certo de onde veio esta vontade de ser médica. Tenho isso comigo desde o fim do ensino fundamental. Não me vejo fazendo nada diferente. Pelo Enem [Exame Nacional do Ensino Médio], passei duas vezes em engenharia na UFRJ, mas nem cogitei cursar", conta.
Quanto às duas vezes que passou em medicina, Karina teve a tranquilidade de insistir mais um pouco no cursinho para, finalmente, entrar na faculdade que escolheu.
"A UFTM fica em Minas Gerais e achei que poderia ficar em São Paulo mesmo, perto da minha família. Já a Santa Casa, meus pais não teriam condições de pagar. Talvez com o Fies [programa federal de financiamento estudantil]. Mas era mais seguro tentar uma pública", explica.
Bancar uma faculdade particular seria um fardo para a família Caciola -- não eles sejam pobres, mas estão longe de ter dinheiro para arcar com uma mensalidade que girava em torno de R$ 4.000 na época. O pai tem formação técnica e é proprietário de uma pequena empresa de consultoria de informática. Para complementar a renda, é fotógrafo.

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