segunda-feira, 31 de março de 2014

Zé Filho: Um “time” para ser candidato

Em entrevista a um portal da cidade de Parnaíba, a deputada estadual Juliana Moraes Souza acabou por dirimir as dúvidas com relação à possibilidade de que o marido, vice-governador Antonio José de Moraes Souza Filho, possa sair candidato à reeleição quando assumir o cargo em substituição a Wilson Martins.

Na discussão política que antecede a renúncia e a posse até o dia 5 de abril, o que mais se ouviu falar no último final de semana no Piauí foi sobre o futuro governo Zé Filho. Que de forma astuta tem deixado permear no consciente popular e político que estará montando um “time” de profissionais do quilate de Freitas Neto, George Mendes, Felipe Mendes, João Henrique, Deolindo Aguiar e tantos outros não só para cumprir mandato-tampão, mas para continuar governador. Para tanto, pode, sim, imprimir um “choque de gestão” com o apoio do prefeito de Teresina, Firmino Filho, hoje o nome mais importante do maior reduto eleitoral do Piauí.

A equipe que pretende montar Zé Filho quando assumir o governo tem as qualidades mais importantes para os que têm obrigação de entender e conhecer a coisa pública: “é técnica e ao mesmo tempo política, com larga experiência político-administrativa”.

Equilibrada, eis a palavra chave e mais adequada para conceituar a nova equipe de governo que se especula na imprensa. É uma equipe que tem, no mínimo, o domínio da área que vai administrar. É claro que em determinados órgãos e entidades estatais basta ao dirigente máximo saber montar uma boa equipe técnica e saber como geri-la. Por isso em alguns casos um dirigente que não domina a área, mas sabe gerir pessoas faz uma boa gestão.

Dito isso, na minha modesta opinião o maior adversário de Zé Filho será mesmo o tempo. Se em trinta dias conseguir, por exemplo, superar Marcelo Castro nas pesquisas de intenção de voto, sua candidatura à reeleição estará viabilizada e será, sem dúvidas, um concorrente muito forte. Situação absolutamente diferente daquela vivida quando estava “debaixo da asa” do governador Wilson Martins em 2013, enfrentando dificuldades de toda ordem e sendo “fritado” por “traíras” de um governo que não era seu e nem poderia mandar.

Como candidato à reeleição, Zé Filho não terá essas “amarras” e uma “alma” sequer ao seu lado para puxar-lhe o tapete. Basta que imprima ao governo o estilo da equipe que escolheu e voltar suas atenções para a Segurança Pública e para a cidade de Teresina como uma espécie de “espelho” para o restante do Piauí.

Acho até que o governador Wilson Martins percebeu isso, que se Zé Filho assumir terá fortes condições para se viabilizar eleitoralmente. Acho até que Wilson Martins deve ter percebido também que vale mais “apostar” em Zé Filho do que “bater cabeça” com a “incógnita” eleitoral que se apresenta Marcelo Castro, que “patinou” e não “deslanchou” em 90 dias de pré-campanha. Com todo o respeito, nas condições políticas atuais, Castro não terá condições de “carregar” como “cabeça de chapa” uma candidatura Wilson Martins ao Senado. O mesmo já não ocorre com Zé Filho, que será o comandante da sucessão e o “dono” da “chave do cofre”.

Hoje, Zé Filho não somente terá todas as condições para ser candidato à reeleição, mas visto por Wilson Martins como um forte concorrente à sucessão de 2014 em um futuro bem próximo. E o PMDB de Marcelo? Calado ficará!

*advogado 

Por Miguel Dias Pinheiro*

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