O Piauí foi povoado por muitas tribos indígenas antes da chegada dos portugueses ao Brasil, dentre elas, destacam-se os tremembés, que viviam próximos ao litoral e ao Rio Parnaíba. A exploração do Piauí aconteceu devido a presença de bandeirantes, como Domingos Jorge Velho e Domingos Afonso Mafrense, que tornaram-se proprietários de amplas terras no Piauí. Posteriormente, o Piauí tornaria-se uma Capitania em 1758, com a capital em Oeiras, embora a sociedade piauiense não tenha mudado muito com a elevação à condição de Capitania, o território piauiense ainda era dominado pelas fazendas de gado, e havia poucas vilas. Com a Independência e o Império do Brasil, o Piauí passou a ser governado por oligarquias rurais, que continuariam a governar até o início da República.
O Piauí na segunda metade do século XX, passou a crescer economicamente, principalmente Teresina, que recebeu muitos investimentos estrangeiros e nacionais (vindos principalmente do Sudeste e do Sul do Brasil).
A Capitania de São José do Piauí, foi criada em 1718, embora só venha a ser instaurada definitivamente em 1758. O seu primeiro governador foi João Pereira Caldas, militar português, Coronel da Cavalaria, que organizou Tropas de Ordenança em 1759, que tinha por objetivo principal perseguir os nativos. O rei determinou que a cidade-sede seria a Vila da Mocha (atual Oeiras), e elevar seis freguesias a condição de vilas: São João da Parnaíba (atual Parnaíba), Parnaguá, Jerumenha, Marvão (atual Castelo do Piauí), Santo Antônio de Campo Maior (atual Campo Maior).
A obra de Pereira Caldas foi imensa: pôs em funcionamento a Secretaria do Governo; a Provedoria Real da Fazenda; o Almoxarifado; organizou as Forças Regulares da Capitania; dentre outros feitos.
As províncias do norte do Brasil mantinham melhores ligações políticas e comerciais com a metrópole portuguesa do que ao Rio de Janeiro, devido às facilidades da navegação e os interesses que os portugueses tinham de manter a parte norte do Brasil como colônia. Assim, o Governo Português manda armas e munições para o Maranhão, em outubro de 1820, e indica o Major João José da Cunha Fidié como Governador das Armas.
No Piauí a primeira vila a aderir a independência foi Parnaíba, apesar das forças militares tentarem sufocar imediatamente o movimento. Fidié cerca a vila, e as forças parnaibanas fogem para o Ceará, em busca de apoio.
Oeiras foi a última cidade de importância política a aderir ao movimento separatista. Apenas em 24 de janeiro de 1823 Oeirasreconheceria D. Pedro I como Imperador do Brasil. Era cidade dominada politicamente pela família Sousa Martins. O Brigadeiro Manuel de Sousa Martins, futuro Visconde da Parnaíba, tentou se eleger em 1821 para a Junta Governativa da Província, as autoridades portuguesas recusaram e Manuel de Sousa Martins rompeu as relações que ele tinha com os portugueses.
Assim, o clã Sousa Martins proclama a independência de Oeiras em 24 de janeiro de 1823. Fidié toma conhecimento e vai em sua direção para reprimir o movimento separatista. As tropas lusas chocam-se com as tropas piauienses, maranhenses e cearenses na vila de Campo Maior, e às margens do riacho Jenipapo ocorre a sangrenta batalha. A batalha durou cerca de cinco horas, em 13 de março de 1823.
As tropas lusas saíram vitoriosas, pois as armas e táticas de guerrilha eram bem superiores às dos brasileiros. Fidié vai para Caxias, noMaranhão, que ainda era uma capitania aliada aos portugueses, reorganizando seu exército. Os Sousa Martins recebem a ajuda de tropas cearenses, aproximadamente 2000 homens vindos do Crato, no Ceará.
O último governador do período da República Nova e o primeiro governador da época da Ditadura Militar foi Petrônio Portela Nunes, que governou de 1963 a 1966, enfrentou no início do governo uma greve da polícia militar que reivindicava melhores salários. Petrônio apoia o Golpe Militar e mais tarde faria parte do Governo Militar como Ministro da Justiça do Presidente Figueiredo.
Outros governadores do período da Ditadura foram: Alberto Silva (1971-1975); Dirceu Arcoverde (1975-1979); Lucídio Portela (1979-1983).
Fonte: Wikipédia Edição de Wagner Roberto
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