segunda-feira, 25 de junho de 2012

Falso macumbeiro que usava o nome do diabo para ganhar dinheiro ainda tá preso Acesse o Artigo Original: http://www.chamadageralparnaiba.com/2012/06/falso-macumbeiro-que-usava-o-nome-do.html#ixzz1yplG1HSK


Na manhã da última sexta-feira, o imóvel onde vivia e atendia seus clientes, no bairro Jardim Nova Era em Nova Iguaçu, foi desocupado. A Justiça determinou que Pai Bruno fosse despejado e, mesmo não tendo sido notificado, seu advogado resolveu esvaziar a casa. A reportagem acompanhou a retirada dos pertences com exclusividade.

No imóvel, dois locais eram usados para os trabalhos: um pequeno quarto, onde ficavam várias imagens de entidades; e o quintal, onde Pai Bruno fez um barracão para realizar festas. Em volta dos santos, mais marcas dos rituais de Pai Bruno: várias imagens estavam sujas de sangue de animais e tinham farofa de dendê a seus pés. Numa delas, havia ainda balas de revólver.

Pela casa, o falso pai de santo tinha deixado para trás vários trabalhos para as entidades que evocava. Muitas, com comidas, estavam podres e cheias de bicho. Numa bandeja, havia abacaxi, maçã, uva, bombons e moedas. As frutas, estragadas, exalavam um cheiro terrível.

Mas os elementos referentes à macumba estavam apenas nos locais de trabalho de Pai Bruno. Dentro da casa, que também servia como sua residência, não havia sequer um elemento que fizesse referência à “nova religião”. Para decorar a porta do quarto, Edmar optou por imagens de borboletas roxas. Tudo com a doçura que sua mãe usa para descrevê-lo.

Por mais que a transformação pareça ter sido radical e definitiva, na intimidade Edmar despia-se do personagem. A sós, o falso pai de santo recorria à música gospel para buscar sua própria paz espiritual. Nessa hora, entidades como Lúcifer e Tranca Rua, que usa para fazer os trabalhos de seus clientes, batem em retirada. O que ele ouvia mesmo eram os pastores evangélicos.

Até o toque do celular de Pai Bruno era uma música evangélica. A própria família sabe que Edmar não deixou de existir. O irmão Luvimar conta que a última vez em que estiveram juntos foi no Domingo de Páscoa, quando se reuniram para um almoço na casa da mãe:

— Naquele dia, ele era o Edmar. Era meu irmão. Estava carinhoso e brincalhão. Foi maravilhoso.

Dona Jussiara tem certeza de que terá o filho Edmar de volta, “trazido por Deus”. Mas não se conforma em ter tido seu nome envolvido na prisão de Pai Bruno. Uma das vítimas apresentou à polícia um comprovante de depósito feito na conta da mãe do falso pai de santo, o que levou a polícia a investigar sua participação no caso.

— Não tenho ligação nenhuma com o trabalho do meu filho. A família toda, aliás, não tem nada com isso. Nós o amamos e estamos aqui para recebê-lo, mas o Edmar pegou o número da minha conta quando emprestei a ele meu cartão de crédito.

— defende-se da acusação de suposto envolvimento com os golpes aplicados pelo filho.
Extra


Acesse o Artigo Original: http://www.chamadageralparnaiba.com/2012/06/falso-macumbeiro-que-usava-o-nome-do.html#ixzz1yplEF0uV

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