As múmias tatuadas do Egito antigo, cruzados que marcaram suas testas com cruzes e guerreiros Maori da Nova Zelândia foram assunto em uma conferência “incomum” realizada em uma universidade do Vaticano. O tema era o papel da tatuagem na formação da identidade.
Lewy é um especialista respeitado nesta área e um crítico feroz do que ele chama da “comercialização” existente hoje de um aspecto importante da cultura, que se estende de Jerusalém até o Japão.
Tatuagens “podem simbolizar uma posição social, identificar afiliação étnica, indicar uma experiência de peregrinação religiosa ou um rito de passagem”, disse ele na conferência desta semana. “Também podem ser um sinal de rebelião ou diversidade”.
“Eu estava amedrontado”, disse Jane Caplan, historiador da Universidade de Oxford, que escreveu uma antologia sobre as tatuagens na história dos EUA e da Europa. “Parecia tão improvável”, organizar uma conferência sobre esse tema.
As apresentações abriram os olhos dos conferencistas sobre o amplo uso da tatuagem na história humana. Luc Renaut, da Universidade de Poitiers, falou sobre as tatuagens das múmias desenterradas no Egito. Elas provavelmente foram esposas de líderes importantes ou altos funcionários, que as usavam como sinal de prestígio.
Os soldados das Cruzadas no século 11 tatuavam cruzes em suas testas ou ombros antes de ir para a batalha para mostrar o apoio divino à sua missão. Ainda hoje, muitos jogadores do time de rugby da Nova Zelândia exibem as tatuagens tradicionais dos povos indígenas Maori, disse Sean Mallon, curador sênior do Museu da Nova Zelândia. “É uma forma concreta de expressar o passado”, disse ele.
“Há um monte de gente tatuada aqui”, sussurrou ele, apontando para os participantes da conferência e admitindo que a maioria as escondiam sob a roupa. Oficialmente, não há uma proibição do Vaticano em relação a tatuagens.
Ele conta que a maioria voltava com tatuagens que tinham feito em Jerusalém como uma marca das suas peregrinações.
O tatuador traçava as linhas do desenho com uma agulha, picava a pele para extrair o sangue e colocava uma tinta sobre a ferida, para que a pigmentação se infiltrasse nos cortes, deixando uma marca permanente.
G Prime- Washington Post.
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