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Marcelo Miranda (de costas), em conversa com o advogado
Um dos rapazes acusados de compartilhar as imagens da jovem ferida e desacordada em redes sociais alegou que não sabia que se tratava de um estupro de uma menor de idade. Marcelo Miranda da Cruz Corrêa, de 18 anos, afirmou que, na noite de terça-feira, publicou uma foto. No dia seguinte, teve seu perfil apagado e já recebia ameaças de mortes.
— Só entendi o que aconteceu quando vi o vídeo — afirmou o rapaz, estudante do 3º ano do ensino médio e morador da Cidade de Deus.
Marcelo afirma que não conhece nenhum dos envolvidos e que recebeu a foto em um grupo de WhatsApp. Ele pode responder por divulgar conteúdo pornográfico com menor de idade. A pena pode chegar a seis anos de reclusão. O advogado do jovem, Igor Carvalho, afirmou que vai apresentar o rapaz nesta sexta-feira à polícia. Ele já teve a prisão preventiva pedida pela delegacia que investiga o caso.
— A minha ficha ainda não caiu. Aconteceu tudo tão rápido. Fui ameaçado de morte porque as pessoas acharam que eu participei de um estupro. Só botei isso inocentemente — defende-se: — A minha mãe acha isso tudo repugnante, mas está me apoiando. Espero que as coisas se resolvam. Não quero ser preso por uma coisa que eu não fiz. Não sabia que aquilo era um estupro e que ela era menor.
A imagem publicada por Marcelo mostra um homem a frente da jovem nua e desacordada. Quem aparece na imagem é Raphael Assis Duarte Belo, de 41 anos. Ele já teve a prisão preventiva pedida pela polícia, assim como Michel Brasil, de 18 anos, acusado de divulgar as imagens.
Em um vídeo que circula nas redes sociais, a jovem aparece nua e desacordada após uma sessão de estupro. Nas imagens, dois homens exibem a vítima: “Essa aqui, mais de 30 engravidou. Entendeu ou não entendeu?”, diz um dos homens na filmagem.
Os homens também exibem o órgão genital da jovem ainda sagrando. “Olha como que tá (sic). Sangrando. Olha onde o trem passou. Onde o trem bala passou de marreta” , diz o outro agressor, orgulhoso.
O caso ganhou repercussão pelo Twitter após os agressores divulgarem as imagens na internet. Além do vídeo, há pelo menos uma foto de um homem a frente do corpo nu da jovem. O perfil de um dos homens que postaram as imagens foi apagado.
As investigações continuam em andamento na Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI). De acordo com a assessoria da Polícia Civil, o delegado Alessandro Thiers pede ao cidadão que tenha qualquer informação que possa auxiliar na identificação dos autores que entre em contato pelo e-mail alessandrothiers@pcivil.rj.gov.br.
Depoimento
Em depoimento à polícia, segundo o site da revista “Veja”, a menina foi para casa do namorado no sábado e acordou no dia seguinte “drogada e nua”. Ela afirmou que havia 33 homens armados de pistolas e fuzis. Ainda de acordo com o que ela contou na delegacia, a jovem vestiu algumas roupas masculinas e pegou um táxi para casa. Dois dias depois, viu que o vídeo havia sido divulgado na internet.
Em depoimento à polícia, segundo o site da revista “Veja”, a menina foi para casa do namorado no sábado e acordou no dia seguinte “drogada e nua”. Ela afirmou que havia 33 homens armados de pistolas e fuzis. Ainda de acordo com o que ela contou na delegacia, a jovem vestiu algumas roupas masculinas e pegou um táxi para casa. Dois dias depois, viu que o vídeo havia sido divulgado na internet.
A vítima tem um filho de 3 anos. Ela afirmou no depoimento que usa ecstasy, cheirinho da loló e lança perfume. A jovem ainda contou que voltou à comunidade e reclamou com o “dono do tráfico” porque teve o celular roubado. Ele teria dito que não encontrou o aparelho, mas ressarciria o dinheiro e que “procuraria saber sobre o estupro porque ainda não tinha tomado conhecimento”.
Fonte: Extra
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