Está descontente com a sua barriga? A genética pode não ser favorável, mas apostar em dieta saudável e exercícios físicos ajuda a eliminar o problema.
A gordura se acumula na região abdominal de duas maneiras: na camada subcutânea ou na visceral. Na região subcutânea, isto é, logo abaixo da pele, a gordura não causa prejuízos à saúde — por formar os culotes, por exemplo, seu efeito é somente estético. Esse tipo de gordura é mais difícil de eliminar porque tem o metabolismo lento, isto é, demora para responder aos estímulos do organismo.
Já a gordura na camada visceral se fixa no interior da cavidade abdominal e está em constante atividade metabólica. “Essa gordura aumenta as taxas de ácido graxo no organismo e eleva o risco de doenças como o diabetes”, diz Henrique Suplicy, endocrinologista e membro da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM). Em mulheres, a gordura visceral oferece perigo quando a circunferência abdominal é maior que 88 centímetros; em homens, o limite é 102 centímetros.
Dieta — Para se livrar dos dois tipos de gordura, não existe fórmula milagrosa. A estratégia é aliar dieta à prática de atividade física. Na alimentação, deve-se ingerir menos calorias e evitar alimentos como fritura, carne vermelha, refrigerante, doce e embutido. Já o exercício precisa ser feito pelo menos três vezes por semana — e com moderação. “Quando a atividade aeróbia é realizada em duração prolongada e alta intensidade, o corpo troca a gordura pelo carboidrato como fonte energética”, diz Rodrigo Minoru, biomédico e professor do Centro de Metabolismo em Exercício Físico e Nutrição da Universidade Estadual Paulista (Unesp). Treinos curtos e intensos, intercalados com um programa de fortalecimento muscular, são mais eficientes para emagrecer do que treinos longos e extenuantes.
Fontes: Henrique Suplicy, endocrinologista e membro da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM); Rodrigo Minoru, biomédico e professor do Centro de Metabolismo em Exercício Físico e Nutrição da Universidade Estadual Paulista (Unesp); Izidoro Flumignan, endocrinologista do centro de tratamento da obesidade do hospital Quinta d’Orla, no Rio de Janeiro; Carla Cotta, nutricionista do Equilibrium SPA da Mente, no Rio de Janeiro.
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