Às 18h do próximo dia 11 de agosto, uma segunda-feira, Lola Benvenutti, codinome de Gabriela Natalia Silva, garota de programa de 22 anos, lança seu primeiro livro, O Prazer é Todo Nosso, na Livraria Cultura da Avenida Paulista. “Adoro minha profissão. Não me aposentaria nunca”, diz Gabriela, que há dois anos se formou em letras na Universidade Federal de São Carlos e depois veio para São Paulo trabalhar como prostituta.
O livro conta as aventuras de Gabriela, que começou na noite aos 17 anos e sofreu bullying na faculdade. “Espalhei panfletos nos murais da faculdade com a frase ‘Está se sentindo sozinho?’ e o meu telefone. O pessoal descobriu. Uma professora até apresentou na sala de aula um poema de péssimo gosto sobre mim. Riscaram meu carro novinho com palavrões e obscenidades. Um absurdo!”, lembra Gabriela, que também foi repreendida pelos pais, uma enfermeira e um ex-militar, e só voltou a conversar com eles recentemente. “Meu pai sonhava ter uma filha professora ou acadêmica. Hoje, eles respeitam minhas escolhas”, diz.
A garota atualmente mora nos Jardins e tem um Fiat 500. “Tudo comprado com meu trabalho”, diz Gabriela, que não revela quanto ganha. A reportagem apurou que ela cobra 400 reais a hora e sua única restrição é a sodomia. “Tomo meus cuidados: não entro em carro de desconhecidos, não levo ninguém para minha casa e só atendo em motéis que eu conheço. Nunca tive nenhum contratempo.”
Outra questão é o relacionamento amoroso. Gabriela tem dificuldade de encontrar um namorado. “O homem precisa entender minha escolha de vida, minha liberdade. Isso é bem difícil. Tenho sonhos românticos, vontade de encontrar um parceiro, embora casar e ter filhos nunca tenha sido minha prioridade.”
Outra questão é o relacionamento amoroso. Gabriela tem dificuldade de encontrar um namorado. “O homem precisa entender minha escolha de vida, minha liberdade. Isso é bem difícil. Tenho sonhos românticos, vontade de encontrar um parceiro, embora casar e ter filhos nunca tenha sido minha prioridade.”
Recentemente, Gabriela licenciou seu nome de trabalho. “Pretendo lançar uma linha de produtos sensuais Lola Benvenutti”, planeja. Com o lançamento do livro e dona de um blog (ela chama os fãs de Lola Lovers), Gabriela tem sido comparada aRaquel Pacheco, a Bruna Surfistinha. “Gosto dela, mas prefiro a Gabriela Leite“, diz, referindo-se à fundadora da grife Daspu, morta no ano passado aos 61 anos, que no fim da década de 60 trocou o curso de sociologia da Universidade São Paulo pela prostituição. “Não tem essa de coitadinha. Sempre tive vocação para a prostituição e me orgulho disso. É uma profissão como outra qualquer.”
vejasp.abril.com.b
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