segunda-feira, 14 de julho de 2014

Família Pesseghini pede reabertura das investigações com base em página no Facebook

Família Pesseghini pede reabertura das investigações com base em página no Facebook
"Família Pesseghini antes da tragédia"
Os avós paternos do menino Marcelo Pesseghini, acusado de matar a família e cometer suicídio, deverão entrar nesta segunda-feira, 14, com um pedido de reabertura das investigações para apurar a criação de uma página no Facebook em homenagem aos mortos. O perfil na rede social foi criado uma hora antes de os corpos serem encontrados, no dia 5 de agosto do ano passado.
Segundo a versão policial, o garoto assassinou os pais, ambos policiais militares, a avó materna e uma tia-avó e se matou em seguida. Os corpos foram encontrados por volta das 18h por um familiar e um amigo das vítimas. A página no Facebook, porém, foi criada às 16h48.
De acordo com a advogada dos avós paternos de Marcelo, Roselle Soglio, a página pode ter sido criada pelo suposto real autor do crime ou por uma testemunha. “É impossível o Marcelo ter sido o criador da página porque toda a investigação mostra que ele morreu muito antes: no máximo às 14h. Eu consultei o Facebook e especialistas na área de tecnologia e eles disseram que não se pode alterar o horário e data de criação de uma página”, diz ela.
Para a advogada, a descoberta mostra a fragilidade da investigação policial no caso. “Eu alertei o delegado e o promotor do caso sobre a existência dessa página e eles não deram importância. Como pode a polícia não ver isso? É mais fácil culpar uma criança que já está morta do que investigar a fundo”, afirma.
Com base no novo fato, a advogada vai pedir junto à Vara Especial da Infância e Juventude que o Ministério Público Estadual retome as investigações. “Queremos que o MPE solicite formalmente ao Facebook detalhes sobre o criador da página, onde ele estava e se criou algum outro perfil na internet”, diz ela.
O Ministério Público informou que o promotor Daniel Tosta de Freitas, responsável por pedir o arquivamento das investigações, não se pronunciaria sobre o pedido da advogada porque o caso já saiu da Vara do Júri, onde ele atua, e foi encaminhada para a Vara da Infância. A Polícia Civil informou apenas que "o inquérito policial já foi relatado, cabendo ao Poder Judiciário qualquer manifestação relativa ao caso".

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