Enem: 11% dos candidatos querem obter o certificado do ensino médio
Para 11% dos candidatos que prestam o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) neste fim de semana, a prova tem uma finalidade diferente. Em vez de tentarem conseguir uma vaga na faculdade, eles usarão a pontuação para obter o certificado de conclusão do ensino médio.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação, de 1996, autoriza alunos maiores de 18 anos, que não concluíram o ensino médio na idade adequada, a usarem o Enem para comprovar a conclusão dessa etapa de educação. A certificação é realizada pelas secretarias estaduais de Educação e pelos institutos federais de Educação que aderiram a essa modalidade, de acordo com as portarias editadas pelo Ministério da Educação e pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) em maio deste ano.
De acordo com o Inep, dos 5,791 milhões de inscritos no Enem deste ano, 638.176 pediram a certificação. No ato da inscrição, esses participantes indicaram que desejam usar o exame para obter o documento de conclusão do ensino médio.
Lenon Carvalho, 36 anos, está fazendo o Enem neste fim de semana em São Paulo. Ele abandonou a escola na 7ª série do ensino fundamental, mas pretende usar o exame para comprovar a conclusão do ensino médio. O candidato acredita, entretanto, que precisará contar com a sorte para conseguir a pontuação mínima. “Acho que dá para ir bem em humanas, que eu gosto e tenho muitos livros em casa. Em exatas eu vou chutar bem”, disse antes de entrar no local de prova.
Enem: 11% dos candidatos querem obter o certificado do ensino médio
A prova do primeiro dia do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) dividiu opiniões dos estudantes em Sorocaba (SP). Às 16h30 deste sábado (3), o movimento em frente aos locais de prova já era intenso.
A opinião de Ana Carolina Horita é a da maioria dos estudantes. "O Enem não é difícil. O problema são os textos longos, o que exige muita atenção", explica Ana, que tenta o vestibular de medicina.
Ana Cristina de Carvalho fez a prova sem se preparar e achou difícil. Ela é analista financeira e pretende voltar a estudar em 2013. "Eu não estudo há 10 anos, então achei muito complicada. Mas se eu não conseguir nesse ano, pelo menos vou mais preparada para o próximo."
Outra que não teve tempo para se preparar foi Eduarda Castilho, de 17 anos. A estudante chegou há duas semanas do Japão, onde fazia um curso da língua local. Apesar disso, ela não achou a prova difícil. "Era só ler com atenção", comenta Eduarda.
Caio Simoneti está no cursinho, e prestou o Enem pela primeira vez. Ele perdeu a prova do ano passado porque estava fazendo intercâmbio. "Achei diferente dos vestibulares tradicionais. Para mim, que gosto de humanas, foi melhor." Caio quer fazer jornalismo na Universidade de São Paulo (USP).
Já Bruna Moreira conta que prestou para ter experiência, pois não pretende ingressar na faculdade já no próximo ano. No 3º ano do ensino médio, ela ainda está em dúvida. Suas opções vão de direito a ingressar no Corpo de Bombeiros. "Prefiro pensar mais tempo, para não começar um curso e ter que trocar". Ela comenta que achou a prova muito longa. "Tem muita coisa para ler num tempo curto, isso deixa a gente confusa", avalia a estudante.
Com informações: Agência Brasil/G1 Edição: Wagner R.
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