quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Ex-mulher do goleiro Bruno confirma versão sobre homicídio


Dayanne
Dayanne Souza é ex-mulher de Bruno
Após um depoimento de duas horas sobre a morte da manicure Graziele Beatriz Leal de Souza, em janeiro de 2011, Dayanne Rodrigues dos Santos confirmou a versão do ex-marido, o goleiro Bruno Fernandes, acusado de tramar a morte da ex-amante Eliza Samudio. Graziele foi assassinada a tiros e havia suspeitas de que teria sido confundida com a irmã Geisa Leal, que segundo testemunhas teria trabalhado como babá das filhas de Bruno e Dayanne antes do desaparecimento de Eliza. Ambos negam conhecer qualquer uma das irmãs.
"Nunca vi nenhuma das duas mulheres. Quando eu vinha do Rio Janeiro para Minas, trazia as minhas funcionárias de lá", declarou Dayanne, que foi ouvida na manhã desta quinta-feira na Delegacia de Homicídios de Ribeirão das Neves, região metropolitana de Belo Horizonte. Bruno, por sua vez, prestou depoimento na terça-feira. Para o delegado Márcio Rocha, está praticamente descartada a participação do goleiro neste crime.
Quem citou Bruno como mandante do homicídio foi um dos suspeitos presos pela polícia. De acordo com o acusado, tratava-se de queima de arquivo, porque Geisa (a irmã da vítima) teria informações sobre o atleta e pessoas ligadas a ele. Mas segundo as investigações, o homicídio pode estar relacionado ao tráfico de drogas. Graziele foi executada na casa onde morava com os filhos, a mãe e a irmã, no bairro Liberdade, marcado por confrontos entre traficantes da cidade.
Alvo errado - O que está confirmado é que Graziele foi mesmo confundida com a irmã, Geisa, o verdadeiro alvo dos assassinos, diz o delegado. A mulher teria sido marcada para morrer por dívidas e desentendimentos com traficantes do bairro. Na madrugada daquele sábado, os criminosos estiveram na casa da babá, procurando por ela, mas quem atendeu a porta foi Graziele, que foi morta na frente dos filhos. 
Três suspeitos foram presos em outubro: o cadeirante Cláudio Marcos Maciel, traficante apontado como mandante do crime, Daniel Lourenço Maciel da Silva e Wellington Reginaldo de Jesus, que seriam os responsáveis pela execução. Um quarto acusado está foragido.
O ex-motorista de Bruno, Cleiton da Silva Gonçalves, mora na localidade e foi apontado como líder de um dos grupos criminosos. Em março, Cleitão, como é conhecido, chegou a ser preso acusado de outro assassinato. Sem provas, ganhou a liberdade pouco depois. Em agosto, sofreu dois atentados. Ele também falou em tentativa de queima de arquivo, por conviver com o goleiro, mas a polícia descarta a suspeita.
Eliza Samudio - No próximo dia 19, Dayanne e Bruno voltam a dar esclarecimentos, dessa vez à Justiça, pela morte da ex-amante do goleiro, Eliza Samudio. Os dois e outros suspeitos (confira lista completa abaixo) serão levados a júri popular no Fórum de Contagem, região metropolitana de Belo Horizonte. A previsão é que o processo se estenda por pelo menos dez dias. Outros dois réus no processo serão julgados posteriormente, ainda sem data prevista.

Com Informações: VEJA/Edição: Wagner Roberto

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