quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Por que não temer a endoscopia


Graças à evolução do procedimento, que agora é indolor, não há mais desculpas para se assustar com esse exame capaz de identificar desde gastrite até câncer de estômago
Quem nunca ouviu um amigo falar que conhece alguém, que, após ter sido submetido à endoscopia, sentiu dores, passou mal e não sei mais o quê? O fato é que há muita lenda envolvendo esse exame, que se caracteriza pela introdução de um "fio" - chamado de gastrofibroscópio - pela boca, que passa por garganta, esôfago, estômago até chegar ao intestino. Mas, a verdade é que o exame tem uma função bem nobre: revelar como está a saúde do aparelho digestivo e ainda tratar eventuais problemas na região, como úlceras, irritações, inflamações e até tumores.
Atualmente, com os aprimoramentos nessa área, a endoscopia digestiva está longe de ser sinônimo de sofrimento. Pode até parecer simplista, mas um dos grandes avanços foi a adoção de sedativos, antes da realização do exame, que, além de evitar a dor, ajuda a pessoa a relaxar. O gastrofibroscópio tornou-se "flexível" e mais fino, o que colabora para sua movimentação dentro do corpo e ainda proporciona muito mais conforto.
Segundo o gastroenterologista José Celso Ardengh, membro da Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva (SOBED), "existem aparelhos tão finos que permitem até ser introduzidos pela boca, sem mesmo a necessidade de sedação. São muitas as novidades dentro desse segmento que têm tornado melhor o tratamento e o diagnóstico de várias doenças".
Para que serve
O exame de endoscopia é indicado quando o médico desconfia de que algo está errado com o aparelho digestivo. Os distúrbios e as alterações que podem ser identificados nessa região são: gastrites, úlceras, lesões, câncer, sangramentos, entre outros. A realização de biópsia (extração de tecido para análise) é uma de suas grandes vantagens, em termos de diagnóstico.
A endoscopia também é útil no tratamento de algumas patologias - dependendo do estágio de evolução em que se encontram -, como o câncer de estômago. Sua versatilidade ainda lhe permite auxiliar na colocação de sondas e cateteres e na retirada de pólipos (pequenas lesões, nódulos, que se formam no intestino grosso).
MITOS & VERDADES
NÃO DÁ PARA RESPIRAR DURANTE O EXAME - pura bobagem. O canal por onde o gastrofibroscópio passa não é o mesmo do sistema respiratório, portanto, respire aliviado.ELE É DOLORIDO - devido ao uso de sedativos, isso já não é mais verdade. O máximo que pode ocorrer é um leve incômodo na passagem do aparelho.
É DESCONFORTÁVEL - essa sensação de desconforto só acontece após o término da endoscopia, devido ao efeito dos sedativos e não ao exame em si. "O paciente sente sonolência e, raramente, náuseas. Mas meia hora de descanso resolvem o problema. 
É DEMORADO - o tempo médio de duração do exame é de apenas 15 minutos.
POR DENTRO DO EXAME
1. O gastrofibroscópio é um cabo flexível, acoplado a uma microcâmera, que permite a visualização de todo o trajeto percorrido (da boca à entrada do intestino, chamado de duodeno). Sua espessura varia de 5 mm à 12 mm.
2. No paciente, deitado na posição lateral, é colocado um protetor bucal que impede o fechamento da boca, evitando que ele se machuque ou danifique o aparelho. Um spray anestésico é aplicado na garganta.
3. O gastrofibroscópio, ao passar pela garganta, pode causar um leve incômodo, mas não há dores (por conta do anestésico e do sedativo). O cabo permite a visualização e a análise de toda a região do aparelho digestivo.
1- ESÔFAGO
2- TRAJETO DO GASTROFIBROSCÓPIO
3- ESTÔMAGO
4- GASTROFIBROSCÓPIO
5- CÂMERA ACOPLADA À PONTA DO CABO
6- DETALHE DA CÂMERA

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