quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Governador reage:"Doa a quem doer o crime será elucidado"

O governador Wilson Martins (PSB) garantiu que "doa a quem doer" a morte da estudante Fernanda Lages será elucidada e a investigação terá resultado. Na noite desta quarta-feira (5), após reunião de quase duas horas com representantes de polícias, Ministério Público, OAB e família no Palácio de Karnak, ele também lamentou declarações do promotor de Justiça Eliardo Cabral, de que o encontro visava uma "politização" do caso e de que o delegado Paulo Nogueira, que preside o inquérito, teria se desfiliado do PMDB recentemente.

Fotos: Thiago Amaral


"É lamentável essas declarações. O promotor tem o direito de investigar, mas é estranho esse tipo de declaração", disse o governador, que confirmou a manuntenção de Paulo Nogueira no comando das investigações.

"Em nenhum momento estão politizando o caso. Essa investigação e este crime está tendo uma dimensão imensa. É comentário em todos os locais, chega no meu gabinete, nas festas sociais, nos supermercados. O que se comenta é só esse assunto", acrescentou.

Eliardo Cabral falou ao Cidadeverde.com na noite desta quarta que o delegado, tendo se desfiliado ou não do partido, não pode continuar na investigação por conta de um membro do PMDB estar entre os suspeitos.


O governador admitiu que existem divergências entre as investigações da Polícia Civil e do Ministério Público. O advogado Lucas Villa declarou, inclusive, que o que incomoda a família de Fernanda é o Ministério Público ter nomes de culpados e a polícia não.

O secretário estadual de Segurança, Raimundo Leite, informou que foram enviados 19 exames de DNA para testes em laborarótios da Paraíba. Ele contou ainda que o delegado Paulo Nogueira disse trabalhar com cinco suspeitos que possuem material genético mais presente no local do crime, as obras da futura sede do Ministério Público Federal.

Para cessar as divergências, foi proposta uma reunião nesta semana entre delegados da Comissão Investigadora do Crime Organizado - Cico - e os promotores do Ministério Público sob comando do procurador Alípio Santana.


Wilson Martins disse que a Polícia Federal, também presente na reunião, é parceira nas investigações, mas não há necessidade de se buscar um delegado da instituição federal para o caso. Eliardo Cabral estuda pedir ao Ministério da Justiça que a PF assuma as investigações. Em declaração de confiança na polícia do Piauí, o governador afirmou que o crime será elucidado e pediu que pessoas que possuam informações procurem a Cico. "Quem quer que seja o culpado tem que ser punido", completou.


Yala Sena (flash do Palácio de Karnak)
Fábio Lima (Da Redação Cidade Verde)

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