Na sessão ordinária da Câmara Municipal realizada na noite de terça-feira (04), os vereadores votaram o PME (Plano Municipal de Educação), que antes era votado pelo congresso nacional, mas que desta vez a discussão e votação foi repassada para os municípios.
No plenário José de Arimatéia, os vereadores discutiram o plano diante da plateia que representava dois grupos, um da liga evangélica e o outro do movimento LGBT. A discussão se deu em tom acalorado, em favor do movimento LGBT apenas a vereadora Fátima Carmino (PT), votou para a aprovação do termo “Gênero” que não define, por exemplo, a sexualidade de uma criança na escola, cabendo à ela fazer esta escolha.
O líder da oposição na Câmara, vereador Carlson Pessoa (PSB), disse que o estado não tem o direito de impor à família, como os pais devem criar os filhos. “Não tenho nenhum preconceito, mas também não aceitarei que o governo diga como devo criar meus filhos, esse é um papel da família e eu sou à favor da família”, disse Carlson.
Durante a discussão do tema, o movimento evangélico se manifestou com cartazes que defendiam o ponto de vista da igreja Cristã. O PME para ser aprovado, sofreu alteração, deixando de fixar o termo “Gênero” para “Sexualidade”, desta forma, a casa aprovou em primeira e segunda votação em definitivo o PME que abrange também as expressões de cultura dentro do ensino nas escolas.
Para o movimento evangélico liderado pelo Pastor Cristiano de Carvalho, a votação representou a conquista da família. “Nós defendemos aqui o direito da família, o estado não pode interferir naquilo que cabe a nós pais, ensinar. Os vereadores estão de parabéns”, destacou o líder religioso.
O Presidente da Câmara, vereador Gustavo Lima (PTB), classificou a votação como democrática e tranquila. “A democracia é isso, cada um expressa sua opinião e a maioria decide. Para mim o processo se saiu muito bem. Esta é a casa das discussões populares e ela está aberta”, pontuou Gustavo Lima.
Por: Tiago Mendes / Portal Costa Norte
Fotos: Wesley Ripardo
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