Em minhas pesquisas na grande rede sobre o tema,encontrei um artigo de Sofia Moutinho na UOL,que destaca informações de uma equipe de pesquisadores internacionais sobre mostras de DNA.
"Deixo também o registro aos meus leitores,da importância em assistir a estes canais na TV a cabo,acho até que; deveria se gastar mais tempo vendo estes programas pagos que filmes dos telecines".
Confira a matéria:
Ötzi, o homem do gelo, teria tido olhos castanhos, saúde debilitada e deixado descendentes na região italiana onde hoje é a Sardenha. (foto: South Tyrolean Museum of Archaeology)
Um homem na casa dos 40 anos, de pele branca, cabelos e olhos castanhos, com problemas cardíacos, intolerância à lactose e uma doença provocada por um parasita do carrapato. A descrição, que poderia ser de qualquer indivíduo moderno, é resultado da interpretação do genoma de Ötzi, o homem do gelo, mais antiga múmia humana a ter seu DNA sequenciado. O código genético pré-histórico, de cerca de 5.300 anos, pode ajudar a compreender a evolução e a expansão do homem na Terra.
Ötzi, que viveu no período Calcolítico, ou Idade do Cobre (3000-1800 a.C.), foi descoberto em 1991 por um casal de alpinistas alemães na parte italiana dos Alpes Ötztal – daí o nome. Desde então, está em exibição no Museu Arqueológico do Tirol do Sul, em Bozano, Itália.
A equipe internacional de pesquisadores responsável pela análise do DNA do homem do gelo, iniciada em 2010 e publicada ontem (28/2) na revista Nature Communications, usou uma mostra recolhida do osso do quadril da múmia para destrinchar a sua história.
Para detectar características físicas e propensões genéticas do homem, os pesquisadores se basearam na análise de Snps. Esses marcadores genéticos são originados na troca de um par de base nitrogenada durante a duplicação do DNA – por exemplo, uma sequência que deveria ser ATCG, por erro, vira ATGG.
Essas variações de base nitrogenada, que são passadas de geração para geração, nem sempre têm implicações para quem as carrega, mas podem determinar algumas características físicas, a presença ou risco de desenvolvimento de doenças e também a etnicidade, já que se tornam típicas de determinados grupos humanos que conviveram por muito tempo.
Junto ao DNA do homem do gelo, os cientistas encontraram ainda o material genético da bactéria Borrelia burgdorferi, causadora da doença de Lyme. Transmitida pela picada de carrapatos, a enfermidade, diagnosticada apenas no século 18, provoca desde sintomas leves, como irritação cutânea, até mais graves, como distúrbios neurológicos.
Esse é o registro mais antigo da doença e pode ajudar a explicar estranhas marcas encontradas na pele de Ötzi. Alguns arqueólogos acreditam que as pequenas linhas tatuadas no homem eram uma forma antiga de tratamento, uma espécie de acupuntura pré-histórica ocidental, e a doença de Lyme poderia ser o alvo dessa terapia.
Origem revelada
Depois de terminar o sequenciamento do genoma de Ötzi, os pesquisadores utilizaram bancos de dados e programas de computador para comparar o DNA da múmia com o de humanos modernos.
Com informações de cienciahoje.uol /Edição: Wagner Roberto
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