Evandro Lins e Silva
1912 – 2012
Trajetória marcada pela genialidade
Evandro Lins e Silva, sempre regeu sua vida sob o signo do humanismo. Daí o prazer em dizer: “Eu tenho o vício da defesa da liberdade”.
Falecido em 2002, o jurista e escritor, nascido em Parnaíba, militou durante 70 anos nos tribunais. Era ainda jovem no final da década de 1920 quando começou a trabalhar como revisor em jornais cariocas, assinando matérias com o pseudônimo de Lobão.
A carreira de Evandro como advogado criminalista floresceu no Rio de Janeiro, onde se formou na faculdade Nacional de Direito.
Da década de 1930 até meados de 1960, atuou em sociedade com os irmãos Raul e Haroldo. Em seguida foi para a vida pública, primeiro, como Procurador Geral da República, seguindo-se a Chefia da Casa Civil, e o Ministério das Relações Exteriores, no governo de João Goulart. Nomeado Ministro do STF, concedeu “habeas corpus” que desagradaram aos militares. Como punição, foi cassado.
Da longa experiência como criminalista, escreveu o livro “A defesa tem a palavra”, junto com outros títulos, como “ O salão dos passos perdidos” e “Arca de Guardados”. Amante dos livros, aceitou ser o quinto ocupante da cadeira 1 de Academia Brasileira de Letras(ABL).
Em 1992, foi um dos juristas que redigiu o pedido de impeachment do então Presidente Fernando Collor de Mello.
Em 2000, aos 88 anos, antes de receber o título de “O Criminalista do Século”, quebrou o juramento de não mais exercer a advocacia. Vestiu a beca para defender o então líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra(MST), José Rainha Júnior, acusado de homicídio e condenado a 26 anos de prisão. Evandro Lins e Silva conseguiu a absolvição do réu, em um segundo momento, fechando com chave de outro uma trajetória marcada pelo amor ao ofício e ás causas humanísticas.
A mostra ficará aberta a visitação no Casarão Simplício Dias da Silva, localizado na Avenida Presidente Vargas, por tempo indeterminado, no horário de 8h30 às 12h e das14h às 17h, de segunda a sábado.
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