O chefe do Ministério Público Federal do Piauí, Marco Túlio Lustosa Caminha, acompanhado dos procuradores da República Kelston Lages, Tranvanvan Feitosa e Wellington Bonfim, e do presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-PI), esteve nesta quinta-feira (15) no gabinete da Procuradora Geral de Justiça, Zélia Saraiva Lima.
Eles foram cobrar mais empenho do Ministério Público Estadual no caso da estudante Fernanda Lages Veras. A jovem universitária foi assassinada no dia 25 de agosto e cujo autor do crime ainda não foi descoberto.
Os procuradores e o advogado fizeram duras críticas ao MPE, acusando a instituição de não estar acompanhando as investigações, que estão sendo feitas pela Polícia Civil do Piauí. "Ao Ministério Público Estadual não cabe apenas acompanhar, mas conduzir as investigações feitas pela Polícia e participar de tudo até o julgamento pela Justiça. Estamos recebendo informações de que há muitas falhas na condução desse processo", disse Marco Túlio.
Uma dessas falhas seria o fato do advogado da família da vítima, Lucas Villa, não estar tendo acesso aos laudos cadavéricos, por exemplo. Outro fato grave, segundo Marco Túlio, é que todo o momento chegam informações até ele sobre a possibilidade de influência política atrapalhar a elucidação no caso. "Além disso, não estamos percebendo um empenho do MPE", disse o procurador federal.
Marco Túlio não poupou críticas ao Ministério Público Estadual ao dizer que, caso o Ministério Público Federal estivesse investigando o crime, o culpado já teria sido descoberto. "Caso o MPF tivesse a competência (jurídica) para atuar sobre o caso, já teríamos solucionado", comparou.
Apesar do crime ter acontecido no dia 26 de agosto, somente no dia 02 de setembro, uma semana depois, o Ministério Público Estadual passou a acompanhar as investigações, designando o promotor Benigno Filho para o caso.
A Procuradora-Geral de Justiça, Zélia Saraiva Lima, não quis falar com os jornalistas sobre as críticas dos procuradores, mas avisou, através de sua assessoria de imprensa, que será criada uma comissão especial de promotores para acompanhar o caso, com a permanência de Benigno Filho.
Com informações do Portal O Dia
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