sábado, 21 de janeiro de 2012

Promotoria não pedirá indenização ao médico de Michael Jackson


O pedido de indenização a Conrad Murray foi retirado do processo pela morte de Michael Jackson
Los Angeles — A promotoria de Los Angeles não solicitará uma indenização ao médico sentenciado por matar Michael Jackson a pedido dos pais e dos advogados dos filhos do cantor.
O pedido de indenização a Conrad Murray foi retirado na quarta-feira durante uma breve audiência na Corte de Los Angeles, dias antes da data marcada para que um juiz considerasse quanto o ex-cardiologista teria que pagar aos integrantes da família Jackson e seus herdeiros.
O promotor adjunto David Walgren disse ao juiz que acompanha o caso que estava retirando o pedido de indenização depois de falar com a mãe de Jackson, Katherine, e um advogado do pai do cantor, Joseph.
Walgren também consultou um advogado dos herdeiros do cantor e um advogado designado pela corte que representa os interesses dos três filhos de Jackson, de acordo com uma transcrição da audiência divulgada pelo tribunal.
Murray está preso após ter sido sentenciado em novembro por homicídio involuntário. Foi condenado a quatro anos de prisão, mas espera-se que sua sentença se reduza à metade pela superpopulação nas prisões e pela falta de orçamento da Califórnia.
Os herdeiros de Jackson consideram que o cantor poderia ter ganhado pelo menos 100 milhões de dólares pela série de shows da turnê "This Is It", prevista para acontecer na arena O2 de Londres.
Murray também seria responsabilizado pelos gastos do funeral de Jackson, que somaram mais de 1,8 milhão de dólares. Os advogados de Murray disseram que seu cliente não tinha condições de pagar essa quantia e apresentou documentos no mês passado em que indicava não possuir bens de valor.
O juiz da Corte Superior de Los Angeles Michael Pastor anunciou que a família renunciou de forma permanente a seu direito de indenização, mas ainda há dois casos pendentes na corte civil de Los Angeles em que os familiares de Jackson buscam uma compensação pela morte do Rei do Pop, ocorrida em junho de 2009.
Katherine Jackson processou a promotora de eventos AEG Live, que organizou a turnê de Jackson em Londres, argumentando que não supervisionou Murray de forma adequada. Joseph Jackson também processou a AEG Live, argumentando negligência da empresa pela morte de seu filho.
O advogado de Murray, J. Michael Flanagan, disse que estava satisfeito com o resultado do processo de indenização. Flanagan contou durante a audiência de quarta-feira que busca pedir uma fiança para Murray durante a apelação de sua sentença.

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