sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Internautas marcam manifestação em defesa de Marcelo Pesseghini

Internautas marcam manifestação em defesa de Marcelo Pesseghini
"Fachada da casa onde ocorreram os assassinatos, na zona norte de São Paulo"
SÃO PAULO - Usuários do Facebook marcaram uma manifestação para o final da tarde desta sexta-feira, 16, em defesa da inocência do adolescente Marcelo Pesseghini, suspeito de matar os pais, a avó, a tia-avó e se matada na casa da família, na Brasilândia, zona norte de São Paulo. Até as 11h desta sexta-feira, 16, 680 pessoas já haviam confirmado a participação no protesto, que previsto para começar às 18h em frente ao Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), na Luz. Os organizadores orientam os participantes a irem vestidos de branco.
Um perfil criado por um apoiador da tese de que o estudante não cometeu os crimes descobertos no dia 5 já te mais de 24 mil seguidores. O autor da página, que agendou o evento, informa ter criado a página "para todos aqueles que se admiram com a história absurda e manipuladora da mídia".
Circulam no perfil comentários de rejeição aos indícios que desconstroem a imagem de bom garoto do filho do casal morto. São postadas fotos dos três em um ambiente familiar saudável. Apesar de as investigações preliminares apontarem Marcelo como o principal suspeito dos crimes, surgem discussões na internet e fora dela sobre teorias conspiratórias, como a possibilidade de a polícia estar culpando injustamente o garoto para ocultar a verdade. Além disso, correm boatos de outras linhas de investigação a respeito da vida dos pais: o sargento das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota) Luís Marcelo Pesseghini e a cabo Andréia Pesseghini.
O delegado responsável pelo caso das mortes da família Pesseghini, Itagiba Franco, disse nessa quarta-feira, 14, que a possibilidade de a cabo Andréia ter denunciado o envolvimento de PMs em roubos a caixas eletrônicos não altera a linha de investigação policial. Até o momento, o principal e único suspeito da chacina continua sendo o filho do casal de PMs.
Para Itagiba, a apuração da informação, encaminhada pelo major da reserva e deputado estadual Olímpio Gomes (PDT) à Corregedoria da PM, cabe primeiramente a este órgão. "Se existiu alguma denúncia, ela deve ser objeto de uma investigação paralela, sem dúvida. No entanto, a nossa linha de investigação continua sendo a mesma."
A versão da polícia é de que o garoto matou os pais, a avó e uma tia-avó durante a madrugada do dia 5. Pela manhã, ele teria ido ao colégio e, ao voltar para casa, cometido suicídio. Para Gomes, a informação de que Andreia teria levado ao comando do 18º Batalhão, onde trabalhava, a denúncia de que recebeu um convite de colegas para participar de um dos roubos, levanta a hipótese de um acerto de contas.

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