Epitácio Pessoa/AE
"Fachada da casa onde ocorreram os assassinatos, na zona norte de São Paulo"
SÃO PAULO - Usuários do Facebook marcaram uma manifestação para o final da tarde desta sexta-feira, 16, em defesa da inocência do adolescente Marcelo Pesseghini, suspeito de matar os pais, a avó, a tia-avó e se matada na casa da família, na Brasilândia, zona norte de São Paulo. Até as 11h desta sexta-feira, 16, 680 pessoas já haviam confirmado a participação no protesto, que previsto para começar às 18h em frente ao Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), na Luz. Os organizadores orientam os participantes a irem vestidos de branco.
Um perfil criado por um apoiador da tese de que o estudante não cometeu os crimes descobertos no dia 5 já te mais de 24 mil seguidores. O autor da página, que agendou o evento, informa ter criado a página "para todos aqueles que se admiram com a história absurda e manipuladora da mídia".
Circulam no perfil comentários de rejeição aos indícios que desconstroem a imagem de bom garoto do filho do casal morto. São postadas fotos dos três em um ambiente familiar saudável. Apesar de as investigações preliminares apontarem Marcelo como o principal suspeito dos crimes, surgem discussões na internet e fora dela sobre teorias conspiratórias, como a possibilidade de a polícia estar culpando injustamente o garoto para ocultar a verdade. Além disso, correm boatos de outras linhas de investigação a respeito da vida dos pais: o sargento das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota) Luís Marcelo Pesseghini e a cabo Andréia Pesseghini.
O delegado responsável pelo caso das mortes da família Pesseghini, Itagiba Franco, disse nessa quarta-feira, 14, que a possibilidade de a cabo Andréia ter denunciado o envolvimento de PMs em roubos a caixas eletrônicos não altera a linha de investigação policial. Até o momento, o principal e único suspeito da chacina continua sendo o filho do casal de PMs.
Para Itagiba, a apuração da informação, encaminhada pelo major da reserva e deputado estadual Olímpio Gomes (PDT) à Corregedoria da PM, cabe primeiramente a este órgão. "Se existiu alguma denúncia, ela deve ser objeto de uma investigação paralela, sem dúvida. No entanto, a nossa linha de investigação continua sendo a mesma."
A versão da polícia é de que o garoto matou os pais, a avó e uma tia-avó durante a madrugada do dia 5. Pela manhã, ele teria ido ao colégio e, ao voltar para casa, cometido suicídio. Para Gomes, a informação de que Andreia teria levado ao comando do 18º Batalhão, onde trabalhava, a denúncia de que recebeu um convite de colegas para participar de um dos roubos, levanta a hipótese de um acerto de contas.
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