domingo, 15 de julho de 2012

Piauí reduziu sua pobreza pela metade e renda familiar cresce 16%


Foto: Divulgação
Entre 2003 a 2008, a pobreza no Piauí foi reduzida em 50%. Em cinco anos, o Piauí consegui a redução da pobreza pela metade, foi o que mostrou na tarde de sexta-feira (13), em uma palestra realizada em Teresina pelo secretário de Ações Estratégicas da Presidência da República, o economista do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), Ricardo Paes Barros.
“O Piauí reduziu sua extrema pobreza em cinco anos quando o prazo da 1ª Meta do Milênio para reduzir a pobreza em sua metade é de 25 anos, que é de 1990 a 2015. A meta mundial é fazer com que o que no Piauí fez em cinco anos, o mundo faça em 25 anos. O Piauí fez em cinco anos o que deverá ser feito em 25 anos. Em Nova York (EUA), estão quebrando a cabeça, chamando ganhadores do Prêmio Nobel para reduzir a pobreza em sua metade na África em 25 anos. No Piauí, isso foi feito em cinco anos”, declarou Paes Barros.
O estudo da Secretaria de Ações Estratégicas da Presidência da República aponta que os 10% mais pobres do Piauí cresceram, de 2004 a 2009. O Piauí foi o Estado brasileiro que fez com que os 10% mais pobres crescessem mais rápida que os 10% mais ricos. “O mais pobre dos pobres está conseguindo melhorar e não é por causa do Bolsa Família, mas pela inclusão produtiva dos 10% mais pobres, o que é mais impressionante, considera Paes Barros. Entre 2003 a 2009, a renda no Piauí era dos 10% mais pobres e cresceu 16% ao ano. Isso aconteceu no Piauí na área urbana e na área rural, os mais pobres tiveram um crescimento mais ainda, o que é inédito no Piauí.
No Brasil, os mais pobres cresceram 8% ao ano e os mais ricos cresceram 4%. Quando mais rico o grupo, mais lentamente ele cresce no país. Os pobres brasileiros cresceram duas vezes mais rápido do que os ricos brasileiros, o estudo não é sobre o Piauí, mas um estudo feito para o Maranhão, onde a Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República está desenvolvendo estratégia de combate à pobreza e a pesquisa é feita com comparações entre o Maranhão e os Estados do Pará, Tocantins e os técnicos de depararam com as estatísticas piauienses.
“Percebemos que o Piauí teve um desenvolvimento fantástico. O que o Piauí fez foi fantástico e queremos saber os detalhes sobre o que foi feito”, afirmou Ricardo Paes de Barros.
Ele declarou a importância para o desenvolvimento do Programa Brasil Sem Miséria, da presidente Dilma Rousseff, e acompanha todas as razões do crescimento da renda dos 20% mais pobres do Piauí.
“Às vezes não adianta a gente ter 27 Estados perseguindo visões diferentes sobre a melhor política social se a gente não documenta esses episódios de sucesso. São 27 experiências diferentes e a gente tem que dividir com os outros essas experiências de sucesso”, declarou o economista Ricardo Paes de Barros.
Ele declarou também que existem três caminhos para combater a pobreza, um deles é a transferência de renda como o Programa Bolsa Família e em programas estaduais e municipais. “Quando você transfere renda, aquela pessoa pobre não vai sentir os efeitos da pobreza, mas continua se sentindo pobre”.
O segundo caminho é aliviar a pobreza e investir em educação, assim nas próximas gerações para que não sejam mais pobres, o que gera uma diferença geracional. A terceira maneira de atacar a pobreza é a inclusão produtiva, que é a mais difícil porque se propõe a dar mecanismos de geração de renda para que possa garantir aos filhos a educação e a saúde.
“É a partir mais difícil e o Piauí achou a saída para isso”, declarou Paes de Barros.
Fonte: Meionorte

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