O Grupo PES (Perseverança no Espírito Santo), da paróquia de São Sebastião, realizou na noite dessa sexta-feira santa, mais uma apresentação da peça teatral narrando a Paixão de Cristo.
Pelo 18º ano consecutivo, o Grupo PES realiza a encenação da vida e morte de Jesus Cristo. Mesmo sendo a história mais antiga e também a mais contada, adaptada e filmada do mundo, mesmo os textos sendo quase sempre os mesmo, a vida e morte de Jesus Cristo ainda emociona os cristãos.
A coordenação do Grupo PES há cada ano consegue se superar no quesito estrutura. Esse ano, como nos outros anos em que cobrimos esse evento, podemos notar claramente um ganho de qualidade no espetáculo, seja na estrutura, iluminação ou na interpretação de algum ator em especial. Nesse ano de 2012 com certeza a cena mais marcante para o público presente, superando até mesmo a crucificação e a ressurreição, foi o dialogo de Jesus com o demônio, que esse ano foi interpretado por Flávio Sindônio, numa excelente performance.
A estrutura contou ainda com telões espalhados pelos cenário que reproduziam em tempo real toda a encenação da vida e morte de Jesus Cristo. O som de altíssima qualidade, juntamente com os efeitos especiais gerados por canhões de luz, fazia-nos remeter há 2.000 anos atrás, e constatar a enorme crueldade do ser humano, crueldade essa que infelizmente ainda trazemos no ínfimo de nossos espíritos.
Resumir o espetáculo em uma única palavra é impossível. Com certeza, a nossa impressão foi a mesma das centenas de pessoas presentes ao teatro a céu aberto, montado ao lado da Igreja de São Sebastião. Independentemente de credo, raças e crenças pessoais, todos foram unânimes em qualificar o espetáculo como maravilho, emocionante e perfeito. Por algumas horas, muitos de nós que estávamos presentes, tivemos a oportunidade de ver fluir sentimentos que no dia-a-dia geralmente tentamos abafa-los em nossos corações.
Resumo da Encenação da Paixão de Cristo
A Paixão de Cristo narra as últimas doze horas da vida de Jesus. Todo o enredo tem inicio com a tentação do demônio ao filho do Homem, para que ele abdicasse de todas as dores que iria sofrer, pois a humanidade não merecia tanto sacrifico.
O enredo continua com a última ceia que Cristo teve com os seus dozes apóstolos. Nessa ceia Cristo revela que será traído e aponta o traidor com sendo Judas Iscariotes, entregando a ele um pedaço de pão com vinho. Logo em seguida, Cristo para mostrar que a humildade é uma virtude a ser seguida, lava os pés de todos os seus seguidores, e recomenda que todos façam o mesmo entre si.
Jesus e seus seguidores vão ao jardim de Getsémani para orar. Depois de ter sido traído por Judas Iscariotes, Jesus é logo preso no jardim e levado de volta para Jerusalém ,onde os líderes dos fariseus confrontam a Ele com acusações de blasfêmia. Ele é condenado à morte pelos líderes religiosos e pelo povo.
Jesus é levado à presença de Pôncios Pilatos, o Governador Romano, que tinha o poder de condenar ou libertar Jesus da morte certa pela crucificação. Pilatos vivia momentos difíceis em sua vida política e ele não queria criar conflitos com os lideres religiosos da época que clamavam pela condenação de Jesus. Numa atitude de tentar livrar-se do problema, Pilatos passa a responsabilidade de julgar Jesus ao Rei herodes. No entanto, Herodes não vê motivos para julgar um homem que não aparentava perigo algum mandando Jesus de volta para Pilatos. Sem alternativas, Pilatos então decide dar ao povo a decisão de soltar Jesus ou Barrabás, um ladrão e assassino cruel e perigoso. O povo decide-se por condenar Jesus à morte.
Jesus é entregue aos soldados Romanos que o espancam brutalmente, além de ridiculariza-lo com piadinhas. Jesus então é levado de volta a presença de Pilatos, que apresenta Jesus para multidão enfurecida e sedenta pela sua morte. Pilatos então lava as suas mãos, numa atitude de tentar livra-se da responsabilidade, e ordena que seus soldados façam com Jesus o que a multidão queria.
Jesus em mais um momento de humilhação é obrigado a levar sua própria cruz pelas ruas de Jerusalém até o Golgotá, que seria seu calvário final. Lá Jesus é pregado à cruz e percebe que seu Pai celestial o abandonou por causa do pecado do mundo que Jesus carregou em si mesmo. Depois de muitas horas e sofrimentos, Jesus proclama que está tudo consumado, e olhando aos céus balbucia suas últimas palavras: "Pai, nas tuas mãos eu entrego o meu espírito".
Edição: Jornal da Parnaíba | Por Walter F. Fontenele /Portalphb
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