sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Romário vai ocupar ex-gabinete de Lula, um dos mais cobiçados. Veja



Lula e Romário (Foto de arquivo)
Um dos heróis do tetra mundial no “campo” pelo qual passou o presidente mais popular do País. Um ator de novelas no lugar de um advogado cassado pela ditadura, que depois ajudou a fundar uma das maiores legendas brasileiras. Um produtor de arroz no terreno de um cacique petista, mais de um ano depois de ser preso por protestar contra o principal expoente do partido.
No sorteio dos gabinetes dos futuros deputados, que tomam posse em 1º de fevereiro, duas celebridades e um desafeto político ocuparão escritórios políticos onde despacharam alguns dos principais nomes da República durante a elaboração da Constituição de 1988.
É o caso do ex-jogador tetracampeão Romário de Souza Faria (PSB-RJ). Estreando na política, Romário se instalará no gabinete número 825, que foi do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Na época, um barbudo Lula, recém-saído da campanha das Diretas Já, havia sido eleito por São Paulo com uma das maiores votações no Estado.
Depois de Lula, o escritório transitou por outras mãos petistas – como Aloizio Mercadante (PT-SP) e Vicente Paulo da Silva, o Vicentinho (PT-SP), além do atual inquilino Nazareno Fonteles (PT-PI). Assim como os demais gabinetes do Anexo IV, é um dos mais cobiçados, devido ao tamanho e estrutura, como elevadores e banheiro privativo.
Três andares abaixo, Romário terá como vizinho o ator Stepan Nercessian (PPS-RJ). No sorteio, ele ocupará o gabinete número 517, também no Anexo IV. Hoje com Geraldo Pudim (PR-RJ), o escritório já foi de Paulo Alberto Monteiro de Barros, mais conhecido como Artur da Távola (PSDB-RJ).
Em comum, Stepan e Távola tiveram a vida modificada durante a ditadura militar. Integrante do movimento estudantil, em Goiás, o astro do filme Marcelo Zona Sul (1970) e da novela Vale Tudo (1988-1989) afirma ter sido impedido de cursar o colegial em escolas públicas.
Na mesma época, Távola havia sido deputado estadual pelo antigo Estado da Guanabara e deputado constituinte entre 1961 e 1962. Exilou-se no Chile, em 1964, para fugir dos militares. Em 1988, já no Brasil, ajudou a fundar o PSDB junto com dissidentes do PMDB.

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