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Thomas Hodel/ReutersAlguns dos problemas causados pelas redes sociais apontados pelo estudo estão relacionados à distorção geográfica e espacial, ausência de sinais não-verbais, além da tendência de idealizar a pessoa com que estamos nos comunicando, tornando-nos íntimas sem nunca ter tido um encontro face a face
Um estudo da Universidade de Tel Aviv, em Israel, aponta ligações entre
surtos psicóticos e delírios em pacientes solitários causados por
relacionamentos cultivados em redes sociais, como o Facebook.
Segundo o "Daily Mail", embora os pacientes estudados já apresentassem
problemas de solidão, nenhum deles tinha histórico de psicose ou abuso
de drogas, fatores que poderiam explicar os surtos.
"Enquanto o acesso à internet se torna cada vez mais fácil, também
cresce o número de psicopatologias registradas", alerta Uri Nitzan,
pesquisador-chefe da Faculdade de Medicina da Universidade de Tel Aviv.
De acordo com o cientista, comunicações via computador, como a do
Facebook e grupos de chat, fazem parte desses relatos.
Alguns dos problemas causados pelas redes sociais apontados pelo estudo
estão relacionados à distorção geográfica e espacial, ausência de
sinais não-verbais, além da tendência de idealizar a pessoa com que
estamos nos comunicando, tornando-nos íntimas sem nunca ter tido um
encontro face a face.
São fatores que em conjunto podem contribuir para que a vítima perca a
noção da realidade e desenvolva um estado psicótico, diz o pesquisador.
Casos
Três de seus pacientes, segundo Nitzan, buscaram refúgio de situações
de solidão e encontraram consolo em relacionamentos virtuais intensos.
Embora isso tenha sido positivo no início, os pacientes eventualmente
foram levados a sentimentos como dor e tristeza com traições e invasão
de privacidade.
Um dos pacientes, conta Nitzan, chegou a ter alucinações táteis, como
se a pessoa do outro lado da tela a estivesse tocando fisicamente.
"Em cada um dos casos, uma conexão entre o desenvolvimento gradual e
exacerbação de sintomas psicóticos, incluindo delírios, ansiedade,
confusão e uso intensificado do computador", explica o médico.
Todos os pacientes, no entanto, conseguiram se recuperar após passarem por tratamento e cuidados especiais.
UOL
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