sábado, 27 de março de 2010

Silas Malafaia no programa do Ratinho novamente: “Volto para debater até com o capeta”

Na noite do dia 24 de março, o pastor Silas Malafaia esteve mais uma vez no programa do Ratinho, do SBT, para discutir o projeto de lei constitucional 122 – PLC 122, que criminaliza a homofobia – medo ou aversão ao homossexual. Há um mês, Silas Malafaia participou do programa em debate sobre a lei contra homofobia com a ex-deputada federal Iara Bernardi (PT-SP), autora do projeto, que já foi aprovado pela Câmara dos Deputados e pode entrar na pauta de votação do Senado. Nesta quarta-feira, a transsexual Rosana Star foi a convidada para discutir o tema com o pastor.
Ratinho contou que após a exibição do programa, em fevereiro, foi muito criticado. Segundo o apresentador, as pessoas consideraram que Malafaia ganhou o debate do mês anterior por se expressar com mais desenvoltura. Em contato com o pastor e
apresentador do Vitória em Cristo, programa de Silas Malafaia na TV, Ratinho o convidou para um novo debate. “O senhor topa, pastor?”, disse Ratinho. “Topo qualquer coisa, volto para debater até com o capeta”, disse Silas Malafaia.
“Eu não quero discutir religião. Eu quero dizer que
Jesus ama todas as pessoas… Vamos discutir a lei? Ela é vergonhosa, ela é um absurdo, que quer privilegiar uma classe de gente. Toda sociedade precisa de limites. A escola diz assim: Em um pátio interno nenhum aluno pode se beijar, seja hetero ou homossexual. Ninguém se beija. No pátio de uma igreja ninguém se beija. Se o diretor da escola impedir ou se o pastor da igreja impedir, dois a cinco anos de cadeia”, disse o pastor. “Esse projeto criminaliza a opinião. Se uma pessoa tem uma babá evangélica e não quer que a criança seja educada por uma babá evangélica, pode demiti-la. Se uma pessoa tem uma babá homossexual e não quer que a criança seja educada por uma babá homossexual, pode demiti-la também”, comparou Malafaia.
Em outro momento do debate, Rosa Star expressou: “Eu tenho pai, tenho mãe, sei o que é família e sei que um pai não gostaria que seu filho visse dois homens se beijando na televisão. Agora quanto à igreja, eu não sei porque criticar tanto a prárica do homossexual, do homossexualismo. Por que você não traz esse público para vocês de forma carinhosa? Se o senhor acha que eu posso mudar, por que não me convida para sua igreja? Por que você não convita o público lgbt para ir a sua igreja?”.
Malafaia respondeu: “Discordar da prática de uma pessoa não significa discriminá-la. Eu gostaria de informar que a igreja evangélica está lotada de pessoas em busca de transformação [...] e assim como você, qualquer homossexual que quiser ajuda espiritual, a igreja evangélica, Ratinho, está lotada. Isso é conversa. Ninguém leva homossexual para igreja para bater ou botar em quarto escuro”.

Fonte: Guia-me / Gospel+

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