Caso Nardoni.‏

Essa madrugada foi decisiva para a sociedade brasileira, muito bem representada pelo promotor de justiça Francisco Cembranelli. Logo que percebi que a leitura da sentença estava sendo feita pelo excelentíssimo senhor juiz Maurício Fossem, fiquei atento, pois há muito eu aguardava pela suposta condenação dos réus. Graças ao bom trabalho dos peritos, um verdadeiro CSI (Investigação Criminal), puderam chegar a um veredito, condenando o casal Nardoni por crime hediondo (homicídio triplamente qualificado e suas agravantes), com penas coincidentes às idades dos réus (Alexandre: 31 anos de idade, pena: 31 anos, 1 mês e 10 dias; Anna Jatobá, 26 anos de idade, pena: 26 anos e 8 meses). Surpreendente. A Justiça, nas pessoas do Conselho de Sentença, foi muito sensível aos fatos, reagiu da forma esperada, justa.Uma semana desgastante, realmente. Só para quem tem fôlego. Imagine a pressão da família. O Brasil se voltou a esse caso. Faz dois anos que o povo está na expectativa de justiça. O dia 27 de março de 2010 comoveu o Brasil, enfim, caso solucionado. Não esquecendo as possibilidades, para mim, infundadas, de recorrer da sentença. O advogado Roberto Podval fez o seu papel muito bem, demonstrou competência, mas que não foi suficiente para convencer uma sociedade sedenta por justiça.Parnaibanos, como eu, certeza, estavam atentos ao desfecho do caso que abalou o Brasil. Pena haver remissão (clemência) e também remição (resgate). Caso contrário, em casos como esse, em outro país, como em algum dos estados americanos, seria pena de morte ou prisão perpétua.Que assim amarguem na cadeia, sintam, na pele, o preço de uma covardia sem tamanho, inútil e desumana.

Onésio Júnior, pós-graduando em Ciências Penais.