sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

Michael Jackson estava perto da minha cor, diz ator branco que viverá cantor

ORG XMIT: 514701_1.tif Show beneficente de Michael Jackson na Alemanha: U.S. pop singer Michael Jackson performs with guitarist Slash during the benefit concert "Michael Jackson & Friends-What more can I give" at the Munich Olympic stadium, Sunday, June 27th 1999. The proceeds of the show will go to the Red Cross, the United Nations Educational Scientific and Cultural Organization and the Nelson Mandela Children's Fund. (AP Photo/Uwe Lein)
Joseph Fiennes, que interpretará Michael Jackson em especial do canal britânico Sky Arts, foi entrevistado na quarta (27) no programa "Entertainment Tonight" sobre a polêmica em torno da escolha de um ator branco para interpretar o popstar.

Fiennes, que se descreveu como "um londrino branco de classe média", disse ter ficado surpreso ao ser escolhido para o papel do ídolo negro americano —que sofria de vitiligo e teria passado por um processo de branqueamento.

Trata-se de uma comédia de pouco mais de 20 minutos de duração batizada de "Elizabeth, Marlon e Michael", inspirado em uma história publicada originalmente na revista "Vanity Fair" sobre Michael Jackson, Elizabeth Taylor e Marlon Brando dirigindo pelos Estados Unidos após os atentados do 11 de Setembro.

Uwe Lein - 27.jun.1999/Associated Press

Michael Jackson (esq.) e o guitarrista Slash em show na Alemanha, em 1999
"Ele definitivamente tinha um problema de pigmentação. Provavelmente estava mais próximo da minha cor do que da sua original", justificou o ator, irmão de Ralph Fiennes.

Segundo ele, o filme não é "de maneira alguma malicioso. É, na verdade, cativante." O programa terá apenas 22 minutos, disse um representante de Fiennes ao "BuzzFeed News".

Antes de interpretar Michael Jackson, Joseph Fiennes já deu vida a outras personalidades conhecidas, como William Shakespeare, em "Shekespeare Apaixonado" e Martinho Lutero, em "Lutero".

A notícia de que um ator branco interpretaria Michael foi divulgada no jornal inglês "The Guardian" na terça-feira (26) e causou imediatamente polêmica no Twitter, num momento em que a indústria do entretenimento americana se vê acusada de racismo pela falta de indicações de atores negros ao Oscar-2016.

Em entrevista concedida à apresentadora Oprah Winfrey em 1993, Jackson falou sobre os boatos de que queria um menino branco para interpretá-lo em um comercial da Pepsi.

"Essa é a história mais ridícula e horrível que já ouvi", afirmou. "Eu sou negro. Tenho orgulho da minha raça. Muito orgulho e dignidade de ser quem sou."

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