sexta-feira, 12 de julho de 2013

MÃO ABERTA, MC DALESTE DIVIDIA GRANA COM AMIGOS E DESCONHECIDOS. VEJA PATRIMÔNIO DO FUNKEIRO


Generoso, assim é lembrado por amigos e familiares o funkeiro Daniel Pellegrine, mais conhecido como MC Daleste, morto no último sábado (6) com um tiro no abdome durante show em Campinas (São Paulo). Mão aberta, o jovem de 20 anos presenteava amigos e desconhecidos com produtos como tênis, celular, chocolate e até carros. Veja a seguir algum dos presentes do cantor e o seu patrimônio  Daleste faturava R$ 200 mil mensais antes de morrer, quando estava fazendo em média 55 shows por mês — cerca de R$ 3.600 por apresentação. O DJ André, que trabalhava com o funkeiro, diz que às vezes ele trabalhava até mais
— No Natal do ano passado a gente chegou a fazer 57 shows
Parceiro de Daleste nos palcos, o DJ André,
de 20 anos, afirma que o amigo lhe pagava
R$ 200 por show, cachê maior do que estava acostumado a receber:
— O dinheiro que eu ganhava com outros
 cantores de funk só dava pra me manter
André conta que Daleste transformou sua
vida “da água para o vinho” e que, logo
na primeira semana de trabalho ao lado do
funkeiro, no ano passado, teve uma surpresa no dia que
 participou de quatro shows:
— A gente fez quatro shows num dia e
 eu ganhei R$ 800. Imagina a felicidade?
Eu até fui embora de táxi! Cheguei em casa, tirei o dinheiro
do bolso
 e pensei: “Caramba, eu ganhei num dia o que muitas
pessoas ganham no mês inteiro”
André lembra que o amigo era muito
generoso e, além do salário acima do
 mercado, enchia os amigos de presentes:
— Ele já me ajudou a ter um carro,
 celular bom, roupa de marca…
A verdade é: ele nunca me deixou passar vontade
Segundo André, que estava no palco
ao lado de Daleste no momento do crime,
o amigo não gastava seu dinheiro “com
besteiras”, mas com coisas que ele não pôde ter comprado antes:
— Outro dia ele foi ao centro de São Paulo
e comprou um Super Nintendo [vídeo game
 popular nos anos 90], pois ele nunca teve
condição de ter quando estava na moda
O DJ André disse que na hora do crime
ficou “em estado de choque”, pois, segundo ele,
 o parceiro não tinha inimizades em vida.
Ele cita outro caso de generosidade do Daleste, desta vez
com um desconhecido:
— Uma vez a gente estava andando na
rua e, ao passarmos por um morador de rua, ele pegou uma nota
de R$ 50 lhe deu, dizendo: “Toma, mas não conta pra ninguém”.
 O morador de rua desacreditou, e a gente também!
Além de ajudar os amigos e desconhecidos,
Daleste gostava de ajudar as crianças,
 segundo o DJ André. No ano passado, ele teria gastado
 R$ 10.000 em chocolates para os pequenos do seu bairro:
— Na Páscoa do ano passado,
 ele prometeu a si mesmo que doaria R$ 10 mil em
chocolate para as crianças. Além de cumprir a promessa,
 ele mesmo saiu distribuindo os doces
André lembra que há pouco tempo eles foram num shopping
 e Daleste gastou R$ 2.000 numa loja de tênis. Ele ia
ao show de chinela, com um tênis melhorzinho.
— Dias atrás a gente foi ao shopping e o vendedor perguntou se
o Daleste ia parcelar no cartão.
 Quando ele ouviu que o pagamento
 seria à vista, levou um susto
Em relação ao apartamento no bairro do Tatuapé (zona leste),
 uma das últimas compras de Daleste, André conta que
 “ninguém deu atenção”
 ao funkeiro devido a sua pouca idade, mas todos ficaram surpresos
quando ele assinou a papelada:
— O pessoal não entendeu nada, ficou se perguntando:
 “O que esse moleque faz?” Ele estava bem feliz, dizia:
“Caramba, comprei um apartamento”
André conclui:
— Ele dava valor para o dinheiro. Quando a gente saía com ele,
você podia pegar o que quisesse que ele pagava sem dó.
 Não deixava você passar vontade de nada
Outro funkeiro ajudado por Daleste foi Guilherme K. C.
 Alves, o MC Gui. O garoto de 15 anos diz que o amigo
foi responsável pelo empurrão inicial na sua carreira:
— Ele me colocou pra cantar no palco com 10, 11 anos,
e me deu força pra começar no funk
O funkeiro mirim conta que, na volta de um show em
Florianópolis, eles estavam atrasados para chegar ao
 aeroporto quando
 o pneu em que eles estavam furou.
 Para não perderem o voo, eles
 embarcaram em outro carro:
— O Daleste falou para o cara: “Eu te dou R$ 300 pra você nos levar”.
 Como estava em cima da hora, ele ofereceu mais R$ 100. No fim das
contas o outro motorista levou R$ 400 e nós chegamos a tempo
Autor de músicas de sucesso como Mais amor, menos recalque;
 Angra dos Reis e Todas as Quebradas, Daleste também
gastava seu dinheiro com máquinas possantes. Veja a seguir
a frota particular do jovem talento do funk
Uma das máquinas preferidas de Daleste era seu Porsche Cayenne,
utilitário esportivo que custa
 no Brasil a partir de R$ 299.000
 na configuração mais básica,
com motor de “apenas” 300 cavalos, e chega a R$ 799.000,
 com exagerados 420 cavalos
O funkeiro, inclusive, homenageou o carro na música Ipanema,
que começa da seguinte forma: “De Porsche Cayenne
pego varias gatinhas…
Ow ow Ipanema só as top de linha”.
Daleste gostava de carros
grandes, veja a seguir por que
O MC Daleste também era dono de outro utilitário esportivo
, de vocação mais familiar:
um Dodge Journey, com sete lugares e preços no Brasil entre
R$ 109.900 e R$ 122.900.
 Ideal pra levar os parceiros de um show ao outro
O empresário e músico Bio G3, que começou a trabalhar
com o funkeiro para gerenciar a
 sua carreira, afirma que ele também
era generoso quando o assunto é carro e presenteou o irmão e
o produtor com um carro cada
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