Generoso, assim é lembrado por amigos e familiares o funkeiro Daniel Pellegrine, mais conhecido como MC Daleste, morto no último sábado (6) com um tiro no abdome durante show em Campinas (São Paulo). Mão aberta, o jovem de 20 anos presenteava amigos e desconhecidos com produtos como tênis, celular, chocolate e até carros. Veja a seguir algum dos presentes do cantor e o seu patrimônio Daleste faturava R$ 200 mil mensais antes de morrer, quando estava fazendo em média 55 shows por mês — cerca de R$ 3.600 por apresentação. O DJ André, que trabalhava com o funkeiro, diz que às vezes ele trabalhava até mais
— No Natal do ano passado a gente chegou a fazer 57 shows
Parceiro de Daleste nos palcos, o DJ André,
de 20 anos, afirma que o amigo lhe pagava
R$ 200 por show, cachê maior do que estava acostumado a receber:
de 20 anos, afirma que o amigo lhe pagava
R$ 200 por show, cachê maior do que estava acostumado a receber:
— O dinheiro que eu ganhava com outros
cantores de funk só dava pra me manter
cantores de funk só dava pra me manter
André conta que Daleste transformou sua
vida “da água para o vinho” e que, logo
na primeira semana de trabalho ao lado do
funkeiro, no ano passado, teve uma surpresa no dia que
participou de quatro shows:
vida “da água para o vinho” e que, logo
na primeira semana de trabalho ao lado do
funkeiro, no ano passado, teve uma surpresa no dia que
participou de quatro shows:
— A gente fez quatro shows num dia e
eu ganhei R$ 800. Imagina a felicidade?
Eu até fui embora de táxi! Cheguei em casa, tirei o dinheiro
do bolso
e pensei: “Caramba, eu ganhei num dia o que muitas
pessoas ganham no mês inteiro”
eu ganhei R$ 800. Imagina a felicidade?
Eu até fui embora de táxi! Cheguei em casa, tirei o dinheiro
do bolso
e pensei: “Caramba, eu ganhei num dia o que muitas
pessoas ganham no mês inteiro”
André lembra que o amigo era muito
generoso e, além do salário acima do
mercado, enchia os amigos de presentes:
generoso e, além do salário acima do
mercado, enchia os amigos de presentes:
— Ele já me ajudou a ter um carro,
celular bom, roupa de marca…
A verdade é: ele nunca me deixou passar vontade
celular bom, roupa de marca…
A verdade é: ele nunca me deixou passar vontade
Segundo André, que estava no palco
ao lado de Daleste no momento do crime,
o amigo não gastava seu dinheiro “com
besteiras”, mas com coisas que ele não pôde ter comprado antes:
ao lado de Daleste no momento do crime,
o amigo não gastava seu dinheiro “com
besteiras”, mas com coisas que ele não pôde ter comprado antes:
— Outro dia ele foi ao centro de São Paulo
e comprou um Super Nintendo [vídeo game
popular nos anos 90], pois ele nunca teve
condição de ter quando estava na moda
e comprou um Super Nintendo [vídeo game
popular nos anos 90], pois ele nunca teve
condição de ter quando estava na moda
O DJ André disse que na hora do crime
ficou “em estado de choque”, pois, segundo ele,
o parceiro não tinha inimizades em vida.
Ele cita outro caso de generosidade do Daleste, desta vez
com um desconhecido:
ficou “em estado de choque”, pois, segundo ele,
o parceiro não tinha inimizades em vida.
Ele cita outro caso de generosidade do Daleste, desta vez
com um desconhecido:
— Uma vez a gente estava andando na
rua e, ao passarmos por um morador de rua, ele pegou uma nota
de R$ 50 lhe deu, dizendo: “Toma, mas não conta pra ninguém”.
O morador de rua desacreditou, e a gente também!
rua e, ao passarmos por um morador de rua, ele pegou uma nota
de R$ 50 lhe deu, dizendo: “Toma, mas não conta pra ninguém”.
O morador de rua desacreditou, e a gente também!
Além de ajudar os amigos e desconhecidos,
Daleste gostava de ajudar as crianças,
segundo o DJ André. No ano passado, ele teria gastado
R$ 10.000 em chocolates para os pequenos do seu bairro:
Daleste gostava de ajudar as crianças,
segundo o DJ André. No ano passado, ele teria gastado
R$ 10.000 em chocolates para os pequenos do seu bairro:
— Na Páscoa do ano passado,
ele prometeu a si mesmo que doaria R$ 10 mil em
chocolate para as crianças. Além de cumprir a promessa,
ele mesmo saiu distribuindo os doces
ele prometeu a si mesmo que doaria R$ 10 mil em
chocolate para as crianças. Além de cumprir a promessa,
ele mesmo saiu distribuindo os doces
André lembra que há pouco tempo eles foram num shopping
e Daleste gastou R$ 2.000 numa loja de tênis. Ele ia
ao show de chinela, com um tênis melhorzinho.
e Daleste gastou R$ 2.000 numa loja de tênis. Ele ia
ao show de chinela, com um tênis melhorzinho.
— Dias atrás a gente foi ao shopping e o vendedor perguntou se
o Daleste ia parcelar no cartão.
Quando ele ouviu que o pagamento
seria à vista, levou um susto
o Daleste ia parcelar no cartão.
Quando ele ouviu que o pagamento
seria à vista, levou um susto
Em relação ao apartamento no bairro do Tatuapé (zona leste),
uma das últimas compras de Daleste, André conta que
“ninguém deu atenção”
ao funkeiro devido a sua pouca idade, mas todos ficaram surpresos
quando ele assinou a papelada:
uma das últimas compras de Daleste, André conta que
“ninguém deu atenção”
ao funkeiro devido a sua pouca idade, mas todos ficaram surpresos
quando ele assinou a papelada:
— O pessoal não entendeu nada, ficou se perguntando:
“O que esse moleque faz?” Ele estava bem feliz, dizia:
“Caramba, comprei um apartamento”
“O que esse moleque faz?” Ele estava bem feliz, dizia:
“Caramba, comprei um apartamento”
André conclui:
— Ele dava valor para o dinheiro. Quando a gente saía com ele,
você podia pegar o que quisesse que ele pagava sem dó.
Não deixava você passar vontade de nada
você podia pegar o que quisesse que ele pagava sem dó.
Não deixava você passar vontade de nada
Outro funkeiro ajudado por Daleste foi Guilherme K. C.
Alves, o MC Gui. O garoto de 15 anos diz que o amigo
foi responsável pelo empurrão inicial na sua carreira:
Alves, o MC Gui. O garoto de 15 anos diz que o amigo
foi responsável pelo empurrão inicial na sua carreira:
— Ele me colocou pra cantar no palco com 10, 11 anos,
e me deu força pra começar no funk
e me deu força pra começar no funk
O funkeiro mirim conta que, na volta de um show em
Florianópolis, eles estavam atrasados para chegar ao
aeroporto quando
o pneu em que eles estavam furou.
Para não perderem o voo, eles
embarcaram em outro carro:
Florianópolis, eles estavam atrasados para chegar ao
aeroporto quando
o pneu em que eles estavam furou.
Para não perderem o voo, eles
embarcaram em outro carro:
— O Daleste falou para o cara: “Eu te dou R$ 300 pra você nos levar”.
Como estava em cima da hora, ele ofereceu mais R$ 100. No fim das
contas o outro motorista levou R$ 400 e nós chegamos a tempo
Como estava em cima da hora, ele ofereceu mais R$ 100. No fim das
contas o outro motorista levou R$ 400 e nós chegamos a tempo
Autor de músicas de sucesso como Mais amor, menos recalque;
Angra dos Reis e Todas as Quebradas, Daleste também
gastava seu dinheiro com máquinas possantes. Veja a seguir
a frota particular do jovem talento do funk
Angra dos Reis e Todas as Quebradas, Daleste também
gastava seu dinheiro com máquinas possantes. Veja a seguir
a frota particular do jovem talento do funk
Uma das máquinas preferidas de Daleste era seu Porsche Cayenne,
utilitário esportivo que custa
no Brasil a partir de R$ 299.000
na configuração mais básica,
com motor de “apenas” 300 cavalos, e chega a R$ 799.000,
com exagerados 420 cavalos
utilitário esportivo que custa
no Brasil a partir de R$ 299.000
na configuração mais básica,
com motor de “apenas” 300 cavalos, e chega a R$ 799.000,
com exagerados 420 cavalos
O funkeiro, inclusive, homenageou o carro na música Ipanema,
que começa da seguinte forma: “De Porsche Cayenne
pego varias gatinhas…
Ow ow Ipanema só as top de linha”.
Daleste gostava de carros
grandes, veja a seguir por que
que começa da seguinte forma: “De Porsche Cayenne
pego varias gatinhas…
Ow ow Ipanema só as top de linha”.
Daleste gostava de carros
grandes, veja a seguir por que
O MC Daleste também era dono de outro utilitário esportivo
, de vocação mais familiar:
um Dodge Journey, com sete lugares e preços no Brasil entre
R$ 109.900 e R$ 122.900.
Ideal pra levar os parceiros de um show ao outro
, de vocação mais familiar:
um Dodge Journey, com sete lugares e preços no Brasil entre
R$ 109.900 e R$ 122.900.
Ideal pra levar os parceiros de um show ao outro
O empresário e músico Bio G3, que começou a trabalhar
com o funkeiro para gerenciar a
sua carreira, afirma que ele também
era generoso quando o assunto é carro e presenteou o irmão e
o produtor com um carro cada
com o funkeiro para gerenciar a
sua carreira, afirma que ele também
era generoso quando o assunto é carro e presenteou o irmão e
o produtor com um carro cada
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