Enfermeiros anunciam paralisação no Hospital Estadual de Parnaíba

O Sindicato dos Enfermeiros, Auxiliares e Técnicos em Enfermagem do Estado do Piauí (SENATEPI) , anuncia uma paralisação nos atendimentos no Hospital Dirceu Arcoverde, que deve começar nesta sexta-feira (19). De acordo com o presidente Erick Riccely, a greve está prevista para 72h, mas caso não haja negociação deve ser prorrogada por tempo indeterminado.

           Fotos: ProParnaiba

Uma assembleia está marcada para discutir e formalizar a paralisação, que segundo o presidente, já está confirmada. A greve deve ser aderida também por várias categorias de funcionários que compõem a equipe do Hospital, como bioquímicos e fisioterapeutas.

"Hoje, o hospital de parnaíba é o que mais tem médico no Estado e é o único local que paga R$ 900 para os enfermeiros enquanto os médicos ganham R$ 3 mil por plantão. É o Hospital com menos resolutividade", critica Erick.

As principais reivindicações da categoria são o não cumprimento de liminares judiciais obrigando o Estado a contratar concursados em 2009; sobrecarga nas equipes, pois segundo o sindicato, o número de médicos dobrou e a demanda dos enfermeiros quadruplicou, sem aumento de equipe; a UTI neo natal que não estaria funcionando completamente e a Gimas (Gratificação de insentivo a melhoria do atendimento a saúde).

Segundo o presidente, o sindicato pedirá uma intervenção do Ministério Público junto ao Hospital."A população é quem está sofrendo", enfatizou Erick.

O enfermeiro Márcio Alves, afirma que o ponto mais crítico é o pagamento dos plantões que enquando a categoria recebe um valor mensal, os médicos recebem por plantão. "Queremos uma isonomia salarial, os servidores aqui não são valorizados", afirmou o enfermeiro.

Hospital

O diretor do Hospital Dirceu Arcoverde em Parnaíba, Dr. Guido Fontgaland, afirmou que uma reunião de negociação deve acontecer, mas só após a greve ser deflagrada. Ele reconhece que há funcionários contratados temporariamente, mesmo sem o concurso, mas afirma que só a Sesapi pode contratar os aprovados, e nada pode ser feito pelo Hospital.

"Temos gente contratada temporariamente mas é de muito tempo. Não podemos contratar, estamos sob mandado. Dois concursados já foram admitidos por lá sob liminar, mas isso só pode acontecer por Teresina", afirmou o diretor.

Guigo Fontgaland, enfatiza que o hospital não vai parar. "Caso aconteça a greve, vamos suprir de qualquer forma o pessoal, para o hospital não parar", concluiu o diretor.

Rayldo Pereira

rayldopereira@cidadeverde.com