A 17º Parada do Orgulho LGTB de São Paulo vai encerrar o desfile deste ano com um trio elétrico que protestará contra o deputado federal Pastor Marco Feliciano (PSC-SP). O político ficou conhecido após supostos ataques e ofensas a africanos e homossexuais. A Parada Gay ocorre no dia 2 de junho a partir das 12h, na Avenida Paulista. O tema deste ano será “Para o Armário Nunca Mais, União e Conscientização”. O objetivo é alertar para retrocessos em relação às conquistas da comunidade gay.
Parada alertará para retrocessos em relação à
comunidade LGBT, afirmam presidente e diretor da
associação que organiza evento (Foto: Tatiana
comunidade LGBT, afirmam presidente e diretor da
associação que organiza evento (Foto: Tatiana
O trio-elétrico contra Feliciano fará um pedido de paz e protestará contra qualquer forma de preconceito e retrocesso contra a comunidade gay. "Não é só contra o Feliciano, é contra todos aqueles 'infelicianos' que insistem em julgar os direitos dos outros em detrimento da sua heterossexualidade", completou o diretor da Associação da Parada do Orgulho GLBT (APOGLBT), Nelson Matias, durante a coletiva de imprensa de lançamento do evento, na manhã desta quinta-feira (2).
De acordo com Matias, o Feliciano é apenas a ponta do iceberg. "Vivemos uma época de retrocesso. Estamos vivendo como se estivéssemos na era das cavernas. Estado laico é colocado em dúvida. Não só os LGBTs, mas todos têm de lutar contra isso", declarou.
O presidente da APOGLBT Fernando Quaresma afirmou que os preconceitos são impostos por alguns segmentos religiosos fundamentalistas que agem no Legislativo brasileiro. "Não queremos retrocesso como vem sendo imposto por alguns segmentos de religiosos fundamentalistas. Ainda hoje ouvi que está sendo cogitada a votação da 'cura gay' na Câmara dos Deputados. Não podemos retroceder e ver retirados direitos que já conseguimos", disse.
Por enquanto, está confirmada a participação de 17 trios, mas o número pode mudar, já que o evento tem autorização para 22 trios-elétricos participarem.
Por enquanto, está confirmada a participação de 17 trios, mas o número pode mudar, já que o evento tem autorização para 22 trios-elétricos participarem.
Show de encerramento
A concentração para a Parada será às 10h do dia 2 de junho, um domingo, e o desfile dos trios deve começar às 12h. O último trio deve passar pela avenida e ter o som desligado até as 18h em frente à Igreja da Consolação, no Centro, conforme acordo entre a APOGLBT e o Ministério Público.
A concentração para a Parada será às 10h do dia 2 de junho, um domingo, e o desfile dos trios deve começar às 12h. O último trio deve passar pela avenida e ter o som desligado até as 18h em frente à Igreja da Consolação, no Centro, conforme acordo entre a APOGLBT e o Ministério Público.
Depois de três anos, a Parada do Orgulho LGBT terá show de encerramento após a passagem dos trios elétricos pela Avenida Paulista, com um show da cantora Ellen Oléria, vencedora do programa “The Voice”. O show começará às 18h30, na Praça da República, também na região central. A organização deverá anunciar ainda uma segunda apresentação, que ainda não foi definida.
Daniela Mercury foi convidada para abrir o evento e cantar o hino nacional. A cantora, porém, ainda não confirmou presença, segundo a APOGLBT. Recentemente, a cantora assumiu um relacionamento com outra mulher.
A Prefeitura de São Paulo investirá R$ 1,6 milhão na logística e infraestrutura da Parada do Orgulho LGBT. O presidente da Associação LGBT, Fernando Quaresma, reclama da falta de patrocínio da iniciativa privada. De acordo com ele, a cota mínima solicitada é de R$ 50 mil e a máxima de R$ 300 mil. Até agora já foram arrecadados R$ 280 mil.
Ao todo, 1,2 mil policiais militares vão acompanhar o evento. A corporação também vai usar câmeras e o helicóptero Águia durante o monitoramento, segundo a APOGLBT.
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