segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Investigação da Polícia Federal não descarta participação de profissionais na morte de Fernanda Lages

As investigações em torno da morte da estudante de direito Fernanda Lages Veras, encontrada ao amanhecer do dia 25 de agosto deste ano no pátio posterior do prédio que sediará o Ministério Público Federal, não excluem a possibilidade de a garota ter sido executada por um ou mais criminosos experientes com o objetivo de silenciá-la por algum motivo e a mando de alguém. O nome de pelo menos um deles veio à tona quando o delegado Alberto da Polícia Federal perguntou a uma testemunha: "o Sr. conhece ....".

O GP1 deixa de identificar a pessoa sobre quem o delegado queria informações, porque entende que tal revelação prejudicaria as investigações comandadas pela PF.

"Calar" Fernanda
Durante o interrogatório de pelo menos uma pessoa nas últimas horas a abordagem dos investigadores deixa claro que eles em nenhum momento desprezam essa possibilidade, pelo contrário, dedicam a ela uma incursão muito mais profunda do que se esperava. São vários os campos da investigação, mas a suspeita de que alguém teria interesse em "calar" Fernanda Lages é muito forte.

O GP1 pode afirmar com segurança que, pelo menos um mês antes de o delegado que comanda o trabalho chegar a Teresina, a Polícia Federal já fazia investigações em torno do caso o que permitiu o estabelecimento de uma linha de atuação cujos resultados podem ser positivos e permite a elaboração de alguns raciocínios, como o de que tal atitude não teria sido tomada se não houvesse indícios de homicídio.

O sigilo
A quebra de sigilo telefônico do advogado Daniel Said foi solicitada e determinada pelo juiz da 1ª Vara Antônio de Jesus Nolêto porque ele sempre esteve muito próximo de Fernanda Lages naquela noite. Primeiro namorou com ela durante a festa na boate Cenário. Depois, insistiu para que o acompanhasse, a seguir foi ao bar onde a garota estava com amigos no final da noite e, por último, insistiu nas ligações até poucos momentos antes de a estudante ter sido encontrada morta.

Daniel está sob investigação, mas ao mesmo tempo os investigadores enveredam por múltiplas ramificações que as entranhas do grupo de cuja vida a estudante participava revelam a todo momento.

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