DELEGADO AFIRMA QUE POLÍCIA RECEBEU informações sobre Julia ter sido abusada
O delegado geral de
Polícia Civil do Piauí, James Guerra, confirmou que durante as
investigações sobre a morte da adolescente Júlia Rebeca, algumas
denúncias sobre a jovem ter sido vítima de abusos foram repassadas à
equipe que apura o caso. Porém, ele nega que estes dados constem nos
autos e reafirmou que o trabalho da polícia é de saber quem primeiro
disseminou o vídeo de forma criminosa pelas redes sociais.
James confirmou ainda na
entrevista ao jornalista Ieldyson Vasconcelos, na manhã desta
sexta-feira (22/11), que na casa da adolescente, foram encontradas
cartas endereçadas ao primo, com senhas de computador, todas as redes
sociais, e com instruções sobre o que ele deveria fazer com as mesmas.
Há ainda a confirmação de que Julia havia tentado contra a própria vida
outras vezes.
"Algumas informações se confirmam
em partes. É fato que chegou à polícia de Parnaíba essa informação de
que ela já teria sido vítima de abusos, mas ainda não constam essas
informações nos autos. E sobre as cartas, ainda não podemos revelar
detalhes, mas há indicações de senhas, orientações, tudo escrito pela
adolescente e endereçada ao primo, que era para ela uma forma de
confidente", disse o delegado, deixando a entender que as cartas contém
muito mais conteúdo do que já foi divulgado.
A adolescente já passava por
acompanhamento psicológico antes do vídeo vir à tona. Já foi confirmado
ainda, que no segundo vídeo, onde havia indicação de que Julia Rebeca o
protagonizava, na verdade se trata de outra adolescente, também do
Piauí.
James Guerra afirmou ainda que os
dois jovens que aparecem no vídeo com Julia estão dando todas as
informações necessárias à investigação, e os celulares recolhidos pela
polícia contém dados que podem ajudar a polícia a identificar quem fez a
divulgação criminosa do vídeo.
O trabalho da polícia
pode ganhar novos rumos, com as informações que estão sendo colhidas
durante o trabalho de investigação. Tudo leva a crer que não foi apenas o
vídeo o motivo da jovem ter decidido por fim à vida. Fatores de
depressão são descritos pelos próprios amigos, como existentes antes
mesmo do vídeo. Mesmo assim, o foco da polícia em encontrar a pessoa que
divulgou as imagens de sexo de maneira criminosa, será mantido.
"A todo momento
mantivemos a proximidade com a família, e estamos deixando para eles
bem claro que o nosso trabalho após a morte desta menina não é de expor a
família ou a memória da Julia, mas sim de coibir esse crime que se
torna cada dia mais comum, não só em nosso estado, mas em todo lugar no
mundo", destacou James.
Fonte: 180graus Por: Apoliana Oliveira
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