sexta-feira, 22 de novembro de 2013

CASO JULIA: Jovem deixou cartas com instruções ao primo

DELEGADO AFIRMA QUE POLÍCIA RECEBEU informações sobre Julia ter sido abusada

O delegado geral de Polícia Civil do Piauí, James Guerra, confirmou que durante as investigações sobre a morte da adolescente Júlia Rebeca, algumas denúncias sobre a jovem ter sido vítima de abusos foram repassadas à equipe que apura o caso. Porém, ele nega que estes dados constem nos autos e reafirmou que o trabalho da polícia é de saber quem primeiro disseminou o vídeo de forma criminosa pelas redes sociais.
James confirmou ainda na entrevista ao jornalista Ieldyson Vasconcelos, na manhã desta sexta-feira (22/11), que na casa da adolescente, foram encontradas cartas endereçadas ao primo, com senhas de computador, todas as redes sociais, e com instruções sobre o que ele deveria fazer com as mesmas. Há ainda a confirmação de que Julia havia tentado contra a própria vida outras vezes.
"Algumas informações se confirmam em partes. É fato que chegou à polícia de Parnaíba essa informação de que ela já teria sido vítima de abusos, mas ainda não constam essas informações nos autos. E sobre as cartas, ainda não podemos revelar detalhes, mas há indicações de senhas, orientações, tudo escrito pela adolescente e endereçada ao primo, que era para ela uma forma de confidente", disse o delegado, deixando a entender que as cartas contém muito mais conteúdo do que já foi divulgado.
A adolescente já passava por acompanhamento psicológico antes do vídeo vir à tona. Já foi confirmado ainda, que no segundo vídeo, onde havia indicação de que Julia Rebeca o protagonizava, na verdade se trata de outra adolescente, também do Piauí.
Delegado esclareceu pontos que estão sendo comentados nos bastidores da investigação              Delegado esclareceu pontos que estão sendo comentados nos bastidores da investigação
James Guerra afirmou ainda que os dois jovens que aparecem no vídeo com Julia estão dando todas as informações necessárias à investigação, e os celulares recolhidos pela polícia contém dados que podem ajudar a polícia a identificar quem fez a divulgação criminosa do vídeo.
O trabalho da polícia pode ganhar novos rumos, com as informações que estão sendo colhidas durante o trabalho de investigação. Tudo leva a crer que não foi apenas o vídeo o motivo da jovem ter decidido por fim à vida. Fatores de depressão são descritos pelos próprios amigos, como existentes antes mesmo do vídeo. Mesmo assim, o foco da polícia em encontrar a pessoa que divulgou as imagens de sexo de maneira criminosa, será mantido.
"A todo momento mantivemos a proximidade com a família, e estamos deixando para eles bem claro que o nosso trabalho após a morte desta menina não é de expor a família ou a memória da Julia, mas sim de coibir esse crime que se torna cada dia mais comum, não só em nosso estado, mas em todo lugar no mundo", destacou James.
Fonte: 180graus Por: Apoliana Oliveira

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