quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Notebook pode causar infertilidade masculina



Homens tirem já o notebook do colo. Uma nova pesquisa aponta que segurar computadores com internet wireless próximo aos órgãos genitais pode provocar infertilidade. Mas ao contrário do que você deve estar pensando, não é pelo calor do notebook.
Células de esperma coletadas em laboratório e colocadas embaixo de um laptop com internet sem fio durante quatro horas tinham menos mobilidade e mais danos no DNA do que esperma colocado em outra sala, longe de aparelhos eletrônicos, mas com a mesma temperatura.

A temperatura alta pode diminuir a quantidade de esperma, e o uso de computadores portáteis no colo aumentam a temperatura escrotal. Mas as novas descobertas sugerem que não era a temperatura do notebook que estava afetando os espermatozoides, mas a radiação.
Uma boa mobilidade dos espermatozoides e o DNA intacto é muito importante na hora da fertilização do óvulo. Pesquisadores especulam que usar o notebook muito próximo aos testículos pode resultar na diminuição da fertilidade.
As células de esperma são mais vulneráveis porque, ao contrário dos outros tipos de célula, tem seu DNA altamente condensado em uma pequena área. Isso os torna mais propensos a sofrer com os efeitos da radiação.
As causas da infertilidade nos homens que buscam conceber estão relacionadas a seguir.
Vasectomia - na pesquisa, 56% dos homens buscavam reverter esse procedimento. Há 30 anos, essa causa respondia por apenas 5% dos homens em busca de ajuda para fertilidade.
Fatores genéticos

Problemas nos genes que regulam a fertilidade e o material genético do próprio espermatozóide contribuem bastante para os problemas de infertilidade masculina. Mesmo em homens sem problemas de fertilidade, 19% dos espermatozóides apresentam defeitos genéticos. Certos quadros médicos hereditários também causam infertilidade masculina. Os próprios genes defeituosos podem ser herdados, produzidos por problemas ambientais (como exposição à radiação). Existe uma certa preocupação quanto à possibilidade dessas mutações serem transmitidas aos descendentes de homens que se submetem a técnicas de fertilização em que há retirada do espermatozóide para fecundação do óvulo (sob condições normais, seria pouco provável que um espermatozóide geneticamente anormal atingisse o óvulo e o fecundasse).
Material genético defeituoso - o esperma carrega metade do material genético necessário para gerar um ser humano. Segundo relatos, homens estéreis apresentam uma porcentagem relativamente alta de espermatozóides com o DNA (cadeia molecular que forma o gene) fragmentado ou danificado.
Há certas controvérsias sobre os efeitos de infecções na infertilidade. Detectar simplesmente a presença de uma infecção em um homem infértil não quer dizer necessariamente que exista uma relação do problema com a própria infertilidade. Segundo alguns especialistas, a resposta da imunidade a certas infecções pode liberar elementos inflamatórios e oxidantes, desestabilizando quimicamente partículas que podem danificar o espermatozoide  No entanto, o exato impacto desse processo sobre o espermatozoide não é claro. Infecções podem alterar a fluidez do sêmen e a mobilidade do espermatozoide  embora normalmente sejam efeitos temporários. Veja a seguir as infecções mais relevantes para a infertilidade.
Doenças sexualmente transmitidas - infecções como Chlamydia trachomatis reincidente ou gonorréia são as mais associadas à infertilidade masculina. Tais infecções podem causar feridas e bloquear a passagem dos espermatozóides. O vírus do papiloma humano, que provoca verrugas genitais, também pode prejudicar os espermatozóides.
Micoplasma - trata-se de um organismo infeccioso que parece reter as células dos espermatozóides, provocando menor mobilidade.
Caxumba - quando a caxumba acontece depois da puberdade, danifica 25% dos testículos dos homens afetados pela doença (Interferon, uma droga anti-viral, pode impedir a infertilidade em adultos homens com caxumba aguda, mas o medicamento é extremamente tóxico, por isso, cautela é essencial).
Infecções nas glândulas do trato urinário ou genital - infecções em glândulas que podem afetar a fertilidade incluem prostatite (na glândula da próstata), orquite (inflamação nos testículos), vasculite seminal (nas glândulas que produzem sêmen) ou uretrite (na uretra), talvez alterando a mobilidade dos espermatozóides. Mesmo depois de tratamento bem sucedido com antibiótico, infecções nos testículos podem deixar cicatrizes em tecidos, bloqueando o epidídimo.
Outras condições associadas à infertilidade
Condições de saúde - outras condições de saúde que podem afetar a fertilidade masculina incluem qualquer dano importante ou grande cirurgia, diabetes, HIV, doenças na tireóide, síndrome de Cushing, infarto, insuficiência hepática (do fígado) ou renal (dos rins) e anemia crônica.
Medicamentos
Os efeitos de medicamentos sobre a qualidade e quantidade de espermatozóides ainda não foram analisados rigorosamente. Muitos medicamentos são normalmente prescritos sem a informação de eventual dano à fertilidade. Esteróides anabolizantes (usados com freqüência por praticantes de musculação e outros atletas) merecem atenção especial por serem conhecidos por prejudicar a produção de espermatozóides. Entre outras drogas que podem afetar a fertilidade estão a cimetidina, sulfasalazina, salazopirina, colchicina, metadona, metotrexate, fenitoína, corticosteróides, espironolactona, tioridazina e bloqueadores do canal de cálcio.
Fonte: LiveScience,HypeScience, HowStuffWorks
Edição de parnaibanomundo.blogspot.com 

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