A jornalista iemenita Tawakkol Karman, de 32 anos, é a primeira mulher árabe a receber o Prêmio Nobel da Paz.
"Vocês representam uma das forças motrizes mais importantes das mudanças no mundo de hoje: a luta pelos direitos humanos em geral e a luta das mulheres pela igualdade e pela paz, em particular", disse o presidente do Comitê Nobel, Thorbjoern Jagland, antes de entregar o prêmio. "Vocês dão sentido ao provérbio chinês, que diz que as mulheres sustentam metade do céu", acrescentou.
llen Johnson Sirleaf, de 73 anos, foi a primeira mulher eleita democraticamente chefe de Estado de um país africano, a Libéria, que sofreu 14 anos de guerras civis que fizeram 250 mil mortos. “O fato de que duas mulheres liberianas estejam aqui hoje para partilhar o pódio com uma irmã vinda do Iêmen mostra o caráter universal do nosso combate”, sublinhou Sirleaf no seu discurso.
Dirigindo-se às mulheres do mundo inteiro, Sirleaf desafiou-as a fazerem-se ouvir: “Falai! Levantai a voz! Que a vossa voz seja a da liberdade!”, exortou.
Leymah Gbowee, de 39 anos, é uma assistente social liberiana que organizou o movimento pacífico de mulheres que, com a ajuda de uma original greve de sexo, contribuiu para por fim à segunda guerra civil na Libéria, em 2003.
A jornalista iemenita Tawakkol Karman, de 32 anos, é a primeira mulher árabe a receber o Prêmio Nobel da Paz. Foi distinguida por ter sido uma das figuras de proa da Primavera Árabe no seu país, um movimento que levou ao período de transição para que o presidente Ali Abdullah Saleh abandone em fevereiro próximo o poder que ocupa há 33 anos.
Tawakkol Karman lamentou a relativa indiferença do resto do mundo em relação à revolução iemenita. "O mundo democrático, que nos falou muito dos valores da democracia e da boa governança, não deve ficar indiferente ao que está acontecendo no Iêmen e na Síria".
Fonte: AGÊNCIA BRASIL
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