Todos os dias na prefeitura, há duas semanas, tem sido assim: Logo às primeiras horas da manhã, por volta de 7 horas, o prefeito Mão Santa chega ao Centro Administrativo e "entra pela porta da frente, coisa que eu nunca vi há muito tempo", diz o vizinho conhecido por Toinho, dono de uma lanchonete em frente. Outros prefeitos costumavam entrar por trás, pela garagem, evitando o contado com as pessoas do povo.
Logo após, as pessoas começam a chegar e formam filas para falarem com o prefeito ou ainda entregarem curriculum, na esperança de arranjarem um emprego, fato que, a Mão Santa, é motivo de muita preocupação, visto que o poder público não pode a todos empregar, muito embora saibamos que, em Estados pobres como o Piauí os maiores empregadores são o próprio Estado e os municípios.
Até as 9 horas da manhã Mão Santa despacha com alguns secretários e geralmente recebe a imprensa, principalmente os representantes das sucursais de emissoras de TV de Teresina. A todos recebe, concede entrevistas, para depois, começar receber a população. Tudo de forma ordenada.
Com isso o prefeito cumpre o seu papel de "ouvidor do município", função que acumula no organograma da prefeitura, e sente o tamanho dos problemas da população. E ainda tem encontrado tempo para visitar obras na cidade, que estavam paradas e que serão reiniciadas e acompanhar de perto como andam os serviços prestados à população, como a limpeza pública, por exemplo.
O prefeito não esconde de ninguém sua contrariedade por haver encontrado o município no estado caótico que encontrou. Mas ele não desanima e, dentro do possível, vem autorizando sua equipe fazer o governo andar e atender as necessidades do povo, naquilo que é mais urgente.
Mão Santa também vem tentando abrir portas, manter diálogo com todos os setores que possam somar com sua administração. "A cidade é o Povo e são os interesses deste povo que serão nossa prioridade de governo", diz o prefeito.
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