sexta-feira, 14 de outubro de 2016

'Hillary é igual à Dilma, só que mais bonita', diz organizador de ato pró-Trump em SP

Trump ganha manifestação na Paulista em seu apoio

"Vamos mostrar que o Brasil apóia os irmãos conservadores americanos, e que nós não queremos ver a Dilma Americana na Presidência": esta é a convocação feita pelos criadores da manifestação de apoio ao republicano Donald Trump, marcada para o dia 29 de outubro, na Av. Paulista, em São Paulo.
Engendrada pelo movimento Juntos Pelo Brasil, o ato pede que as pessoas compareçam, de preferência, vestindo azul, branco e vermelho. Ah, podem levar também bandeiras e camisetas dos Estados Unidoss.
— Acreditamos que o apoio dado por cidadãos de outro país pode resultar numa curiosidade do povo americano de pensar o porquê de um outro povo estar apoiando um candidato à presidência do país deles, fazendo com que mudem de ideia caso pesquisem sobre o que passamos e estamos passando no Brasil em decorrência da herança de um governo bolivariano que, graças a Deus, conseguimos derrubar — diz Dennis Heiderich, um dos fundadores do Juntos Pelo Brasil, ao justificar a pertinência da manifestação.
Entre tantas polêmicas envolvendo Donald Trump, um dos pontos mais controversos de sua campanha diz respeito à política de imigração, com a defesa explícita, por exemplo, da construção de um muro separando os EUA do México.
— Eis o motivo de tanta discórdia, a ideia errada de que ele perseguirá os estrangeiros. Isso é balela, uma pantomima, uma patuscada; Trump é contrário aos imigrantes e à imigração ilegal, não contra os estrangeiros que adentram a sua terra de forma plenamente legal. Da mesma forma como eu e meu movimento somos contrários a este bando de gente que chega aqui em nossas terras também de forma ilegal e tomam os nossos empregos já tão escassos, como os bolivianos, haitianos e tantos outros — defende o estudante de Direito.
Dennis Heiderich, fundador do movimento Juntos Pelo Brasil
Dennis Heiderich, fundador do movimento Juntos Pelo Brasil Foto: Reprodução/Twitter
No entanto, mais do que apoiar Trump, a manifestação tem como objetivo (como sua convocação online prova) marcar posição contra a possibilidade da democrata Hillary Clinton chegar à Casa Branca. Segundo o movimento, ela é a "Dilma americana", só que "mais bonita".
— De resto é a mesma coisa, irresponsável por ter usado o e-mail pessoal para tratar de questões de Estado, depois de tê-los apagado de forma deliberada, e-mails que provariam sua responsabilidade pela morte de soldados americanos atuantes no Oriente Médio. Hillary usa as minorias de forma covarde, assim como faz Dilma. Hillary, assim como Obama, é ajudante do Estado Islâmico, uma vez que não defende o seu combate de forma apropriada, ou seja a sua extinção — critica Dennis.
Dennis acredita que Hillary é uma versão americanizada de Dilma Rousseff
Dennis acredita que Hillary é uma versão americanizada de Dilma Rousseff Foto: Reprodução
Defensor de uma economia liberal, ou seja, com participação mínima do Estado, o Juntos Pelo Brasil, segundo Dennis, defende a campanha de Trump desde o início da corrida eleitoral. De acordo com o organizador, Brasil e EUA são parceiros naturais, cujos laços certamente serão intensificados em caso de vitória republicana.
— Com Temer à frente do Planalto, sendo ele um homem inteligente, acredito que buscará estreitar as relações com os Estados Unidos, e certamente Trump, como um brilhante e magnifico empresário que é, irá fechar bons negócios com o Brasil, o que resultará na retomada do crescimento de nossa pátria — projeta Dennis.
E no Brasil, qual seria o candidato correspondente ao perfil de Trump, segundo os preceitos do Juntos Pelo Brasil?
— Trump no Brasil seria Jair Bolsonaro, os dois possuem a mesma postura, conservadora e liberal. Somos apoiadores do Bolsonaro e daremos total apoio a sua candidatura em 2018, inclusive acreditamos que esses ataques covardes que a mídia chapa branca vem fazendo a Trump com tanta força se devem já a um treinamento para 2018 quando Bolsonaro será nosso candidato à presidência da Republica — alfineta o rapaz, que aponta outros nomes que, segundo ele, são equivalentes a Trump e Bolsonaro em sua envergadura moral, como a política francesa de extrema-direita Marine Le Pen e Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel e chefe do partido conservador Likud.


Leia mais: http://extra.globo.com/noticias/brasil/hillary-igual-dilma-so-que-mais-bonita-diz-organizador-de-ato-pro-trump-em-sp-20289966.html#ixzz4N5cqz1uN

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