sábado, 16 de novembro de 2013

JÚLIA REBECA, 17 ANOS, PODE TER SIDO VÍTIMA DE CHANTAGEM E AMEAÇAS. DELEGADO APURA CASO.

A estudante Júlia Rebeca, 17 anos, foi encontrada morta em seu quarto no município de Parnaíba, (a 318 km da capital, Teresina) no último dia 10 de novembro. A família denunciou que a estudante teria se matado, após ser espalhada uma gravação em que ela aparece fazendo sexo com duas pessoas – um rapaz e uma outra garota.
O delegado disse que vai solicitar também informações à administradora do aplicativo WhatsApp, onde o vídeo circulou. 
“Solicitamos perícia em celulares e estamos analisando todos as redes sociais que foram usadas para a divulgação do vídeo. Os culpados vão responder por crimes previstos no Estatuto da Criança e do Adolescente”, disse Rodrigo Moreira.
Segundo o delegado, familiares e amigos já foram ouvidos. Ele disse que as pessoas que aparecem na gravação podem também serem vítimas.
Júlia Rebeca foi encontrada enrolada no fio de uma chapinha no último dia 10 de novembro. Em mensagens deixadas suas páginas do Instagram e do Twitter, a estudante pede desculpas à família e sinaliza um suicídio.

Outra garota está viva e passa bem

Funcionários do Instituto Médico Legal de Parnaíba confirmaram que a outra jovem que aparace no vídeo íntimo foi internada no Hospital Estadual Dirceu Arcoverde, mas já foi liberada e está viva. 
Segundo funcionários do HEDA, ela sofreu um princípio de envenenamento e a suspeita é de que ela teria tentado suicídio. 
A polícia descarta que a adolescente Júlia Rebeca tenha sido a autora da distribuição do vídeo e o principal suspeito da ação seria o rapaz que aparece nas imagens. A polícia não divulgou informações sobre o paradeiro do rapaz. O caso corre em segredo de justiça.
Fonte: cidadeverde.com
ESPECIALISTA EM INTERNET DIZ QUE TEM COMO SABER QUEM DIVULGOU VÍDEO
O especialista em internet Luciano Personate e o advogado especialista em crimes virtuais Jônatas Machado garantiram, em entrevista ao Jornal do Piauí, que é possível identificar quem foi o responsável pela distribuição do vídeo de sexo entre os três adolescentes, o que culminou na morta da jovem Júlia Rebeca, 17 anos.

Personate explica que, em primeiro lugar, é preciso saber quem disponibilizou o vídeo na internet, já que a gravação deixa claro que Júlia foi a autora. "Usamos o IP, que é como se fosse o CPF do aparelho, para fazer essa identificação. Esse registro é possível de ser rastreado. A operadora terá como saber", esclareceu.

Já o advogado acrescenta que se alguém tiver "roubado" o vídeo do celular da jovem, cometeu crime previsto na lei Carolina Dieckmann: se apropriou de imagens íntimas para divulgação. "Mas, se a jovem tiver passado o vídeo de livre e espontânea vontade para outra pessoa, essa outra pessoa cometeu crime se tiver compartilhado com outras", destacou.

Machado também explicou que receber o vídeo de sexo não é crime, mas compartilhar é, principalmente por se tratar de menores de idade. Ele também alertou para a facilidade de propagação de informações no universo virtual. 

"O tempo de 24h na internet é uma eternidade e o material só é tirado de lá com ordem judicial e esses trâmites demoram. As pessoas, especialmente os jovens, acham que são invencíveis. Esse vídeo causou um problema bem maior para a jovem e para a família", enfatizou o advogado.

Jordana Cury

jordanacury@cidadeverde.com


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