quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Quando o leão chamado imprensa desperta

Francisco Brandão
Foi muito bom ter notícias do juiz José Ribamar Silva dando satisfações à opinião pública de suas ações quando estava no Rio de Janeiro e mandou soltar, por telefone, uma acusada de tráfico de drogas.
Isso mostra que a imprensa é sim o quarto poder, somos o cerol fino e corta pescoço sem sentir, mesmo quando nem sempre meus colegas parnaibanos lembram-se desta máxima mundial. Gostei de ver a população exercendo sua cidadania, questionando a autoridade judicial se a mesma estava ao lado dos bandidos ou dos cidadãos de bem, quando o juiz declarou (de forma infeliz) que era dever da justiça soltar quem estava preso. - É preciso critérios antes de fazer tal afirmativa, doutor!
Era notório o nervosismo do meritíssimo com a embaraçosa situação diante do apresentador Darival Júnior da TV Delta, ainda sim ele cometeu alguns equívocos e acertos durante sua entrevista, vamos a ambos: o juiz José Ribamar não explicou como teve acesso aos autos do processo, sabemos que é obrigação vê-los antes da tomada de sua decisão. Autorizar a soltura da acusada e deixar para assinar o habeas corpus posteriormente não se trata de outra ilegalidade? Foi pertinente e acertada rever sua decisão de julgar ainda este ano os casos relacionados ao tráfico em Parnaíba, quando o juiz já havia anunciado na própria imprensa que em 2009 não teria mais tempo para tal. Desavisado não é quem noticiou, a mesma foi embasada na declaração do próprio juiz. E por último, declarar que só não gostou das manchetes publicadas: “Juiz solta preso por telefone” e “Polícia prende e justiça manda soltar”, isso significa que o meritíssimo entende que o conteúdo na informação é verdadeiro.
– Ponto da imprensa!
Isso tudo contextualiza a nova era do jornalismo nacional, os avanços não são apenas tecnológicos (mesmo sentindo saudade do disco de vinil), como diz o jornalista Franklin Martins, as redações estão menos fedorentas de cigarro e pouco barulhentas, já que as máquinas de escrever foram substituídas pelos computadores. Bebemos menos café no dia-a-dia (preciso melhorar nesse sentido), por conseqüência teremos mais saúde na velhice. Hoje o formato do operário da informação e seu perfil são outros, nossos colegas sabem a importância de preservar a identidade de boas fontes e não se tornar refém delas, afinal de contas quem revela fonte é água mineral. Ouvimos ambas as partes e não têm medo de porta na cara daqueles que pensam não dever satisfação à população, estamos menos ligados a esquemas políticos, mesmo quando este último ainda é algo vagaroso se comparado a velocidade da tartaruga. Importante é que a mudança clínica existe, seja lá a que passo!
Claro que exceções existem também (sempre hão de existir), mas trata-se da vala comum, não é maioria, portanto não merece mais que uma linha nesta redação, mesmo este(s) sendo deveras nocivos quando ocupam cargos com status de chefia.
Aos colegas de imprensa os meus parabéns, conseguimos avançar em locais onde ainda é muito difícil falar a verdade, regiões comandadas pelo coronelismo são inversamente proporcionais à imprensa livre. Ressalto a importância do capitalismo para a classe, até porque penso que o comunismo xiita é bobo e alienado demais, mas existem provas que quando adotamos o discurso da qualidade agregado à imparcialidade é possível dispensar o cabresto imposto pelas facilidades da profissão.
- TOUCHÊ!

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