sábado, 12 de dezembro de 2009

Vendas online vão explodir em todos os setores

Neste Natal os brasileiros vão consumir pela internet de uma maneira como nunca fizeram antes. Todos os segmentos esperam alta nas vendas em relação a dezembro do ano passado: o turismo online pode crescer 10%, grandes varejistas com loja virtual preveem crescer até 80%, e o varejo virtual como um todo pode expandir em 30% sua receita.
Segundo pesquisa da E-Consulting, especializada em turismo, as vendas por internet vão aumentar 10% neste ano e faturar R$ 4,5 bilhões. Mas, apesar do crescimento, o comércio virtual representa apenas 10% do mercado de turismo brasileiro, de acordo com estimativa da ABAV (Associação Brasileira de Agências de Viagens).
Alex Todres, sócio do portal Viajanet, fala do momento vivido pelo mercado:
- Lançamos o portal há 40 dias. Escolhemos o fim do ano porque sabíamos que seria favorável, e tivemos um volume três vezes maior do que o esperado. O momento do mercado de turismo no Brasil, com preços muito convidativos, é bom para o online que precisa ganhar seus consumidores.
Preços convidativos nas passagens aéreas, dólar baixo, e reaquecimento da economia após a crise mundial tornaram o cenário favorável para que até o mais tradicional dos consumidores se aventurasse na compra online de viagens.
- Em países como a Inglaterra o turismo online já é de 20% do mercado. Com isso podemos ver como é grande o déficit no Brasil. Há dados de que no Brasil o turismo online é só entre 3% e 5% do mercado de turismo.

O turismo representa hoje 6% do PIB (soma das riquezas produzidas no país) e movimenta mais de R$ 17,6 bilhões (US$ 10 bilhões) por ano em venda de passagens.
Para o diretor de assuntos internacionais da ABAV, Leonel Rossi, o mercado deve crescer nos próximos anos.
- Somos um país continental, com economia que está crescendo. O número de pessoas que viajam no Brasil ainda é pequeno em relação à população. São apenas 13 milhões de pessoas viajando, menos de 10% da população. Isso sem contar que 70% das viagens no Brasil são a trabalho, ou seja, a maioria das pessoas não está viajando a lazer.
Além do crescimento do setor, o turismo online espera se beneficiar da entrada da classe C no mercado online, explica Todres, do Viajanet.
- Os preços das viagens e as atuais condições de pagamento são compatíveis com a classe C. E a classe C deve deixar de usar a internet só para relacionamento, como faz hoje, para efetivamente comprar online.
Bens de consumo
Dados da e-bit, consultoria especializada em comércio eletrônico, mostram possível aumento de 30% na receita do varejo virtual entre 15 de novembro e a véspera do Natal. Isso deve somar R$ 1,630 bilhão no período.
A redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) de geladeiras, fogões e máquinas de lavar associada à entrada dos consumidores de classe C na internet são os responsáveis pela explosão do e-commerce. Vicente Criscio, consultor de varejo virtual, destaca dados da e-bit que indicam que o ano deve terminar com 17 milhões de consumidores virtuais, dos quais 40% da classe C.
O Extra.com projeta crescimento de 50% na receita da loja virtual sobre o Natal de 2008, segundo o vice-presidente do Grupo Pão de Açúcar, Caio Mattar. Ele atribui boa parte deste crescimento aos novos consumidores da classe C, que passaram acessar a internet por computadores simples e pela ampliação das formas de pagamento. O parcelamento da compras feitas no seu site pode chegar 18 vezes sem juros no cartão Extra. No Natal passado, o prazo máximo chegava a 12 vezes.

portalR7

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