A campanha foi criada em 2015 pelo Centro de Valorização da Vida (CVV), o Conselho Federal de Medicina (CFM) e a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), com apoio de entidades internacionais de prevenção ao suicídio.
Dados do Ministério da Saúde mostram que, entre 2007 e 2016, foram registrados no Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) 106.374 óbitos por suicídio. Em 2016, a taxa chegou a 5,8 por 100 mil habitantes, com a notificação de 11.433 mortes por essa causa.
Os números revelam ainda as tentativas de suicídio devido à intoxicação exógena. Nos últimos onze anos, dos 470.913 registros de intoxicação exógena, 46,7% (220.045) foram devido à tentativa de suicídio. Em 2017, o número registrado foi cinco vezes maior do que 2007, saiu de 7.735 para 36.279 notificações. O Sudeste concentrou quase metade (49%) das notificações seguido da região Sul, que concentra cerca de 25%. O Norte foi o que teve os menores índices, em torno de 2%.
Os paradigmas envolvendo a depressão e o risco de suicídio são muitos e, por isso, o assunto precisa ser abordado, avalia a psicóloga Lídia Macário.
A profissional explica que interromper a vida não é uma opção, mas nem sempre a pessoa quer morrer. “Ela faz isso porque quer se livrar de uma dor que não tem fim, mas não queria morrer. Quando a pessoa der um sinal quem estiver por perto precisa procurar ajuda”, alerta.
As vezes os sinais não são percebidos ou são ignorados por outras pessoas. O coordenador Nacional de Saúde Mental do Ministério da Saúde, Quirino Cordeiro, destaca que existem formas de perceber os sinais de quem perdeu a vontade de viver e ajudar quem está em uma situação como essa.
“O indivíduo que diz que quer cometer suicídio, que a vida não vale mais a pena, que ele está cansado de viver ou às vezes a mensagem vem de maneira mais velada, com o indivíduo podendo falar, por exemplo, que gostaria muito de dormir e não acordar mais. Então sempre que a gente está diante de uma situação em que você tem indícios da presença de transtorno mental, como depressão, por exemplo, é sempre importante que a família atente para isso busque conversar, acolher, vá com essa pessoa buscar um tratamento apropriado, um profissional da área da saúde, em especial profissional da área de saúde mental”, sugere Quirino.
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