domingo, 2 de setembro de 2018

Entenda a importância do Setembro Amarelo na prevenção do suicídio

Entenda a importância do Setembro Amarelo na prevenção do suicídio - Crédito: Reprodução
Hoje, o suicídio no Brasil já faz mais vítimas que a AIDS e mata mais do que vários tipos de câncer e, mesmo assim, muitas pessoas ainda não discutem o assunto e têm medo de encarar as doenças psicológicas que, muitas vezes, levam à morte. Nos últimos anos, a taxa de suicídio no estado de São Paulo cresceu 30% e os homens são as maiores vítimas. Segundo uma pesquisa recente da OMS (Organização Mundial da Saúde), no Brasil, a cada 100 mil pessoas, quase sete tiraram a própria vida no ano de 2012. Além disso, para cada suicídio podem ter ocorrido mais de 20 outras tentativas que não deram certo. A vergonha, o desconhecimento e o desinteresse das vítimas e de seus familiares e amigos em tratar o problema são catalisadores que precisam ser combatidos. Essa é uma das metas do Setembro Amarelo, campanha de prevenção de suicídio que chegou no Brasil em 2014. O movimento acontece durante todo o mês de setembro no mundo todo e esse período foi escolhido porque o dia 10 de setembro é o Dia Mundial da Prevenção do Suicídio.Iniciado no Brasil pelo CVV (Centro de Valorização da Vida), CFM (Conselho Federal de Medicina) e ABP (Associação Brasileira de Psiquiatria), o Setembro Amarelo realizou as primeiras atividades no ano passado e, este ano, ganhou ainda mais visibilidade em âmbito nacional. A CAMPANHA Crédito: Shutterstock Em 2015, a campanha iluminou em tons de amarelo monumentos como o Cristo Redentor, o Congresso Nacional e a ponte Juscelino Kubitschek. Mas, além das intervenções visuais, a proposta do Setembro Amarelo é fazer ações de rua, como caminhadas e passeios ciclísticos, para alertar sobre a importância de discutir o tema. Ações nas mídias também estão sendo vinculadas desde o início do mês, e cada vez mais pessoas estão aderindo ao objetivo da campanha. O principal objetivo do Setembro Amarelo é quebrar o tabu que existe envolvendo o suicídio. Doenças graves, como o câncer e a AIDS, já passaram por períodos nebulosos e foram combatidas através do conhecimento. Mas, para isso, foi necessário um esforço coletivo, liderado por pessoas corajosas e organizações engajadas. 

Quebrar tabus não é fácil, mas é preciso esclarecer, conscientizar e estimular a prevenção para reverter situações críticas como as que nós estamos vivendo. O problema de saúde pública que estamos encarando agora é causado, principalmente, pelo desconhecimento das pessoas sobre as causas do suicídio e os tratamentos para evitar que ele aconteça. Muitas vezes, familiares e amigos não reconhecem os sinais de que alguém querido vai tirar a própria vida. Aliás, muitas vezes, a própria vítima não entende que precisa de ajuda e acaba se afundando cada vez mais em uma solidão desesperadora. Por isso, é preciso falar sobre suicídio e discutir a depressão abertamente. Segundo a Organização Mundial da Saúde, 9 em cada 10 casos de suicídio poderiam ser prevenidos se a pessoa buscar ajuda e se tiver a atenção de quem está à sua volta. Mas como fazer isso se a vítima não entende o que está sentindo e se os seus familiares e amigos não reconhecem os sinais?
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