sábado, 1 de setembro de 2018

Podemos considerar que a lagoa do portinho foi alvo do esquema da SEMAR?

A operação “Natureza” deflagrada nesta semana no Piauí pela Polícia Civil, revelou um esquema de pagamentos de propina de empresários para servidores do estado, através de liberação de licenças ambientais por meio da SEMAR.

Na operação foram presas sete pessoas, entre elas o superintendente da pasta Carlos Moura Fé, mais de R$ 3 Milhões foram contabilizados como prejuízo para o estado.

Servidores são acusados de facilitarem a liberação de licenças ambientais por meio de pagamentos irregulares.

Nesta situação uma luz de alerta ascendeu para muita gente, com relação ao que vinha sendo praticado pelos acusados desde o ano 2015, quando as investigações tiveram início. Mas o que pouca gente parou para questionar foi a situação da Lagoa do Portinho, localizada no litoral do estado.

Coincidentemente no ano em que as investigações tiveram início, a lagoa do portinho em Parnaíba registrou também um de seus mais gritantes momentos. Imagens de satélite mostram que naquele ano o nível da lagoa mais conhecida da região, diminuiu significativamente. 

Vale lembrar que naquela época, o Ministério Público do Piauí ingressava com uma ação contra os empresários, que estariam utilizando as águas da lagoa para abastecer suas propriedades no entorno.

De lá para cá, não tivemos muitos progressos, no que se refere aos resultados da ação movida na justiça. Estudiosos da UFPI (Universidade Federal do Piauí) campus de Parnaíba, chegaram a afirmar que o curso das águas da lagoa estava sofrendo desvios, e que por esse motivo a lagoa estava desaparecendo.

Considerado um dos pontos turísticos mais importantes de Parnaíba, a lagoa do portinho, só não está em situação pior, por causa do último inverno que foi generoso para a região.

Mas a pergunta que não quer calar: “Será que o esquema que beneficiou empresários em outras regiões do estado, não teria tido participação nessa situação em que se encontra a lagoa do portinho?”.

Tivemos, inclusive, um parnaibano à frente da representação da SEMAR na região norte do Piauí. Rarisson Albuquerque que coordenou operações e movimentos que envolvia a preservação da lagoa, poderia prestar esclarecimentos a sociedade, sobre o que nos faz ter essa dúvida, afinal, perguntar não ofende.

Nossa reportagem tentou contato com Rarisson, mas não obtivemos sucesso. Este espaço do BTM encontra-se aberto para maiores esclarecimentos sobre a questão levantada. Se, a lagoa é patrimônio natural do Piauí, cabe aos piauienses cobrar respostas, nada mais justo.

Por: Tiago Mendes



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